segunda-feira, 28 de maio de 2012

COLLOR PARA SEMPRE
‘São todos farinha do mesmo saco’, um texto do escritor Deonísio da Silva
25/05/2012
 às 11:56 \ Feira Livre
DEONÍSIO DA SILVA
“Ministro da Justiça, ele conheceu por dentro o Estado do qual, conhecendo as fraquezas, agora ataca, para ajudar um bandido a prejudicar a sociedade”.

Trava-se uma guerra sem tréguas para defesa do Judiciário e da Imprensa, os alvos atuais dos que são farinha do mesmo saco. Os cidadãos escolham suas armas! Não há lugar para omissão nesta luta. Quem calar, vai consentir!
Abomino e vomito o silêncio dos intelectuais, acho um nojo isso! Poucos escrevem manifestando a repulsa. Para cada Marco Antonio Villa, para cada Demétrio Magnoli, para cada Roberto Romano, há centenas de blogueiros pagos para desconstruir a candente defesa que eles fazem dos procedimentos democráticos, que começam por garantir a livre expressão do pensamento (imprensa) e a garantia de um julgamento justo (Judiciário)! Sete anos de tempo para produzir a defesa e os mensaleiros agora temem o julgamento porque anteveem condenação depois de tantas prorrogações, idas e vindas.


MAIS DOIS BANDIDOS TRAMANDO: “O craque do microfone só existe em apresentações para auditórios domesticados”. Veja aqui alguns motivos para Collor mentir.

SÃO TODOS FARINHA DO MESMO SACO



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Esta frase, que tem o fim de desmascarar pessoas que fingem ser o que não são, nasceu de uma metáfora que compara os homens ao trigo e seus derivados.
A farinha de boa qualidade é posta em sacos separados para não ser confundida com a de qualidade inferior.
Quando indivíduos falsos se arrogam em críticos severos de outros de quem podem ser na verdade cúmplices, sócios ou amigos, surge esta frase para dar conta de que não há diferença entre eles. Originalmente apareceu em latim: “Homines sunt ejusdem farinae” (são homens da mesma farinha).
O famoso escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850) usa a expressão com frequência em seus romances: “C’est sont des gens de la même farine”, que em português foi traduzida com leve alteração.
Parabéns a Augusto Nunes pelo destaque merecido à foto. Não apenas as palavras esclarecedoras do colunista, mas também os gestos, os esgares, a mímica dos três (Cachoeira, Collor e o ex-ministro da JUSTIÇA (!) dizem mais coisas.
Eu fico me perguntando se o ex-ministro aceitaria defender com a mesma pertinácia aquelas mães e pais que num momento trágico da existência deles, desesperados diante da fome dos filhos, entraram numa padaria ou numa farmácia para resolver O PROBLEMA e, sem matar ou ferir ninguém, roubaram só o que lhes possibilitasse atender os filhos naquele dia ou noite cruciais! E foram parar na cadeia, onde a maioria deles apodrece sem socorro de ninguém, a menos que a mídia chame a atenção para essa abominável (des)ordem social brasileira. Por que cumprir a lei, se quem não a cumpre é tratado como rei?
As ações dos três figurantes da foto resultam em danos ao patrimônio público. Sim, qual a procedência do dinheiro que vai pagar os honorários do ex-ministro da Justiça? Não interessa? Aos homens de bem, interessa, sim! Que nos desculpe o ex-ministro, mas ele precisa voltar aos bancos escolares da USP, para o famoso Largo São Francisco, onde estudou Direito, para a aula de Ética. Este modesto escritor e professor se oferece para gratuitamente dar a aula magna desta volta aos bancos escolares, não para ensinar Direito, que é matéria que desconheço, mas para dar uma aula cujo tema seja o Sermão do Bom Ladrão, do Padre Antônio Vieira.
O tempora, o mores! Prefiro guardar na minha memória o ex-ministro que, quando advogado, redigiu com Evandro Lins e Silva a petição que resultou no impeachment de Collor.
Collor escolheu de aliado preferencial o Partido (aliás, é socorro mútuo…) que um dia liderou a sua queda da presidência da República.
O ex-ministro da Justiça exerceu informalmente a função de ministro da Justiça, muitos anos antes de ser o ministro formal do primeiro governo Lula e por três meses do segundo, quando, depois de vitória do Collor, o PT montou um governo paralelo.
O ex-ministro da Justiça chegará aos dois martelos, como são conhecidos os 77 anos, no dia 30 de julho! E terá colocado sobre cada um dos martelinhos manchas que jamais serão apagadas de sua biografia, tão bonita por tantas décadas!
Eu o tinha por um homem de bem até há pouco tempo, mas andava desconfiado e, chamado à atenção por muitos amigos, dos quais discordava, dizia: “calma, gente, todos têm direito à defesa, para isso existem os advogados”. Mas quando um ex-ministro da Justiça não se respeita, dando os sinais que deu, por que nós devemos respeitá-lo?

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Aqui meu facebook 

A multidão que devora verbas na Casa do Espanto e o espantoso verão de Collor
13/03/2012

JÚLIA RODRIGUES
O senador Fernando Collor é um workaholic que não para de trabalharsequer em dia de folga e, no período de férias, fica ainda mais hiperativo. Essa é a explicação oferecida pelos assessores do representante de Alagoas na Casa do Espanto para a espetacular gastança do verão. Os que conhecem a biografia do ex-presidente não enxergam nada de novo. O que andou fazendo o parlamentar do PTB só comprova que Collor continua o mesmo.
Em janeiro, durante o recesso parlamentar, Collor torrou R$30.850,93 da verba indenizatória em alimentação e combustível. Quatro notas fiscais emitidas por um restaurante de Brasilia chamado  Kishimoto Ltda ─ ou Boka Loka, como preferem os fregueses assíduos ─ somam R$3.530. Os R$27.320 restantes contemplaram um único posto de combustível, também localizado na Capital Federal. Intrigado com as cifras, o jornalista Lauro Jardim, de VEJA, quis saber o que houve. O senador trabalhou muito em janeiro, informou a assessoria.
A julgar pela bolada, trabalhou muito mais que os 40 senadores que não tocaram na verba indenizatória nos primeiros 30 dias ano. Nem por isso Collor descansou em fevereiro. Esforçou-se mais ainda e subiu a marca de janeiro para R$ 38.843, dos quais R$ 23.471 aumentaram o faturamento do mesmo posto e do mesmo Boka Loka. Calculando-se em R$ 2,70 o valor do litro de gasolina, o senador alagoano consumiu 10.111 litros de combustível, suficientes para 80.888 quilômetros em apenas um mês, ou 2.609 quilômetros por dia. Esse oceano de combustível lhe permitiria fazer 42 viagens de carro entre Maceió e Brasília, ou 10 entre o Oiapoque e o Chuí.
O ritmo extraordinariamente intenso é favorecido (ou dificultado) por 54 assessores. Se respeitasse as normas internas do Senado, o ex-presidente teria direito a 12 funcionários: cinco assessores técnicos, seis secretários parlamentares e um motorista. Ele acha que precisa de muito mais. Só para suprir com talões de vale-refeição essa multidão são necessários R$34.452 por mês, que cairiam para R$ 7.656 se o patrão não atropelasse o limite legal.
São números impressionantes, mas não bastam para superar o recorde estabelecido por Ivo Cassol, do PP de Rondônia: 67 assessores. A performance do ex-presidente Collor e a marca estabelecida pelo ex-governador Cassol se destacam na lista de façanhas arroladas na reportagem publicada pelo Globo nesta segunda-feira. Por exemplo: somados, os 2.505 funcionários comissionados à disposição dos 81 pais-da-pátria devoram R$ 19 milhões por ano apenas no item vale-refeição ─ R$ 11,7 milhões a mais do que seria gasto se o limite de 12 cabeças por senador não fosse uma peça de ficção.
Quase tudo parece ficção na Casa do Espanto. Mas a gastança é real. Financiada, como todas as despesas produzidas pelos três Poderes, por milhões de brasileiros que pagam impostos.

‘Os bons companheiros’, um artigo de Demétrio Magnoli

24/05/2012
às 12:56 \ Feira Livre

PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA

DEMÉTRIO MAGNOLI

De “caçador de marajás”, Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista “Veja”, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas ─ e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte ─ algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.
Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações ─ verdadeiras ou falsas ─ com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.
Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira ─ uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.
A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa ─ e, com ela, as informações que o incriminam.
O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.
No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista “Carta Capital”. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.
A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação de Carta Capital ocupava o cargo de editor de “Veja”, a publicação na qual hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica “Quem foi quem na ditadura”.
Na “Veja” de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje, Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de um milhão de reais para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobras (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).
Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo ─ ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.


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