sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

JORNALISTA É AGREDIDA APÓS ESCREVER ARTIGO CRÍTICO SOBRE MINISTRO


Foto: Twitter / Reprodução Rosto de Tetyana Chernovil ficou desconfigurado após agressão
TERRA 26/12/2013 07h18 

Uma proeminente ativista e jornalista foi brutalmente agredida nessa quarta-feira em Kiev, capital da Ucrânia, no último ataque de uma série contra manifestantes e membros da oposição em meio a semanas de protestos pedindo a saída do presidente Viktor Yanukovych e de seu gabinete, de acordo com informações da agência AP.

Centenas de colegas jornalistas e oposicionistas se reuniram perto do Ministério do Interior depois do ataque a Tetyana Chernovil, exigindo a renúncia do ministro Vitali Zakharchenko. 

Alguns seguravam retratos de Chernovil, que tem sido uma das líderes das grandes manifestações que tem acontecido em Kiev há mais de um mês, desde que o presidente Yanukovych decidiu recusar um acordo de associação política e de livre comércio com a União Europeia para se aliar aos russos.

Tetyana Chernovil, 34 anos, foi atacada quando dirigia até sua casa. Seu carro foi encurralado por outro e, ao tentar fugir, teria sido agredida por vários homens. A jornalista teve uma concussão, além de fraturas no nariz e rosto, de acordo com seu marido, Mykola Berezovy. O incidente aconteceu horas depois de Chernovil publicar um artigo sobre uma residência que estaria sendo construída para o ministro Zakharchenko.

O presidente Yanukovych condenou o incidente e ordenou uma investigação completa. O campeão mundial de boxe e líder oposicionista, Vitali Klitschko, acusou as autoridades de tentar intimidar ativistas e pediu um boicote nacional sobre o governo. 
“Eles querem paralisar as pessoas com medo. Isso não vai acontecer”, disse Klitschko.

“Nós expressamos nossa preocupação com uma série de eventos similares nas últimas semanas, tendo como alvos indivíduos, propriedade e atividade política”, afirmou em nota a embaixada dos Estados Unidos no país europeu.
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Ucrânia: Os protagonistas do conflito

3 de Dezembro, 2013

A Ucrânia vive momentos de tensão sem precedentes desde a Revolução Laranja de 2004. A UE exige a libertação de Yulia Tymoshenko, o Presidente não aceita a imposição e virou costas à Europa preferindo uma aproximação à Rússia.

Milhares de ucranianos estão nas ruas em protesto contra a decisão e exigem a demissão de Yanukovych. Saiba quem são os principais rostos deste drama político.

Presidente Viktor Yanukovych



Antigo electricista, chegou a primeiro-ministro em 2002. Em 2004, a sua vitória foi anulada depois de um escândalo de fraude eleitoral que provocou os maiores protestos de sempre no país, ficando conhecidos por Revolução Laranja, que permitiu que o rival de Yanukovych pró-Ocidente subisse ao poder. Mas Yanukovych tirou vantagem da complicada situação económica do país e ganhou as presidenciais de 2010.

O presidente tem sido alvo de críticas pelas suas políticas económicas inconsistentes, recuos em reformas democráticas e favorecimento de familiares e amigos. Os seus opositores ridicularizam as suas maneiras rudes e a má gramática quando fala.

Yanukovych negociou com a Rússia e com o Ocidente, mas na semana passada escolheu o seu lado quando recusou assinar o acordo de associação política e comércio livre com a União Europeia e aproximar-se de Moscovo. A tensão nas ruas da Ucrânia explodiu como não se via desde 2004.

Ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko



Carismática cara e líder da Revolução Laranja, Tymoshenko foi nomeada primeira-ministra da Ucrânia, mas rapidamente se viu envolvida numa guerra com o presidente Viktor Yushchenko, que a demitiu sete meses depois de ter assumido o cargo em 2005, tendo voltado a nomeá-la em 2007.

Em 2010, a loira de 53 anos perdeu por pouco a corrida presidencial contra Yanukovych. No ano seguinte, foi presa por abuso de poder, sendo que os ocidentais consideram esta prisão apenas uma vingança política.

A libertação de Tymoshenko foi a condição imposta pela Europa para a assinatura do acordo com a Ucrânia. Mas Yanukovych recusou esta imposição, temendo que a sua arqui-inimiga o enfrente nas eleições de 2015.

Mesmo na prisão, Tymoshenko continua a ser a figura de topo da oposição ucraniana. Num apelo apaixonado, pediu aos ucranianos que se juntassem aos protestos, apelando à população para despertar e afastar Yanukovych do poder.

Primeiro-ministro Mykola Azarov

Tecnocrata fiel ao presidente Yanukovych, Azarov tem levantado a voz contra o acordo com a UE. Mas assume também uma posição mais moderada, ao apelar a uma solução pacífica para a crise que se vive. A oposição tinha esperança na demissão de Azarov depois de uma moção de censura no Parlamento nesta terça-feira, mas acabou por ser chumbada.

Ministro do Interior Vitali Zakharchenko

Descrito como próximo do presidente, tem estado envolvido em vários escândalos relacionados com a polícia, sendo o maior a tentativa de encobrir a violação de uma jovem por parte de dois agentes.
Zakharchenko é agora apontado como o responsável pela carga policial sobre os manifestantes no sábado em Kiev.

Vitali Klitschko

Campeão de boxe, surpreendeu ao ganhar assento parlamentar com o seu partido Udar. Tornou-se o mais popular político do país, graças às suas políticas pró-ocidente e a uma plataforma anti-corrupção.


Arseny Yatsenyuk

Ex-banqueiro, lidera o partido Batkivshchyna com Tymoshenko. Ganhou milhões na banca e depois deu início a uma impressionante carreira política, sendo presidente do Banco Nacional, ministro dos Negócios Estrangeiros e da Economia e deputado.
AP/SOL
Tags: UcrâniaInternacional


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