domingo, 12 de abril de 2015

Católicos comunistas excomungados



Por Julio Severo com adaptação de Osvaldo Aires Bade


Padre Paulo Ricardo diz que o católico que professa a doutrina comunista está automaticamente excomungado, de acordo com notícia no GospelPrime, o maior portal evangélico do Brasil.



Considerando que os conservadores dos EUA veem o Papa Francisco como marxista (confira aqui), isso significa que o papa está automaticamente excomungado? Se sim, quem dirá pessoalmente ao Francisco que ele está excomungado?



Considerando que recentemente o Vaticano de Francisco aprovou o processo de beatificação do comunista Dom Hélder Câmara (confira aqui), isso significa que o papa está automaticamente excomungado? Se sim, quem dirá pessoalmente ao Francisco que ele está excomungado?



Claro que se Hélder, que nunca perdeu seus elevados títulos da hierarquia católica, foi há muito tempo “automaticamente” excomungado, ninguém ficou sabendo de nada, nem o Papa João Paulo 2, que era anticomunista e nunca excomungou oficialmente o bispo vermelho.


Talvez o Pe. Paulo Ricardo tenha de ir pessoalmente ao Vaticano para entregar uma bula de excomunhão para Francisco e todas as “excelências” do Vaticano que aprovaram o processo de beatificação do comunista Hélder.


Pe. Paulo Ricardo


COMENTÁRIO DO BLOG:



Se o Pe. Paulo Ricardo entregar uma bula de excomunhão para Francisco ele será um novo Lutero (veja o filme no final da postagem).



Que o Papa aceite no Vaticano o Stédile, que receba o Pe. Gutierrez e abençoe a Liga Campesina eu, também, não concordo e, lamentamos inclusive. Mas aconteceu.

Mas, se o papa é anticomunista, por que receberia o que há de pior na América Latina e não olha atento para a crise sul-americana com a Teoria da Libertação e, ainda mantém relação estreita com o terrível Dom Carlos Hummes?!

E quanto a CNBB tenho essas informações de excomunhão (aqui)


CARTA ENCÍCLICA
DIVINIS REDEMPTORIS DE SUA SANTIDADE
PAPA PIO XI 
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS,
PATRIARCAS, PRIMAZES, ARCEBISPOS,
BISPOS E DEMAIS ORDINÁRIOS
EM PAZ E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
                                                        SOBRE O COMUNISMO ATEU




Com informações de Mario Umetsu e Well Konkel aprofundei bastante essa postagem aqui tem mais.
Estudei por muitos anos a minha religião, tenho orgulho dela, mas não me orgulho de algumas coisas que ela faz... E mais uma coisa a acrescentar aqui Osvaldo Aires Bade, lembra de TODOS aqueles casos de 'Padres pedófilos' aqui no Brasil? TODOS são da CNBB... 

A CNBB tentou acobertar tudo, tive o empenho de no ano passado (exatamente no mês do meu aniversário), pesquisei um a um os padres envolvidos nesse tipo de conduta e TODOS levaram a CNBB, não teve UM se quer da Santíssima Igreja Católica que estivesse envolvido nesses casos uma vez que a CNBB está excomungada há mais de 12 anos conforme link acima.

Agora mesmo lembrei-me de outra coisa, O Papa Francisco foi um dos trunfos de Cristina Kirchner para se eleger presidente na Argentina... seu povo sofria e ainda sofre, o que ele fez? 
NADA.

Pois é amigos, a ideia da pedofilia e outras coisas mais é simplesmente acabar com a Civilização Ocidental. 

Cristina Kirchner
Pe. Gustavo Gutiérrez Merino, teólogo peruano de reconhecimento mundial


Gustavo Gutiérrez Merino (Lima, 8 de junho de 1928) é um teólogo peruano e sacerdote dominicano, considerado por muitos como o fundador da Teologia da Libertação.

Nairóbi (Quênia) - Mulheres da Via Campesina, organização internacional da qual o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) faz parte, durante oficina no 7°Fórum Social Mundial, janeiro de 2007 Foto: Valter Campanato/ABr



Dom Carlos Hummes

Conhecido por participar do conclave que elegeu o papa Francisco, Dom Carlos Hummes visitou Bagé, na tarde de ontem. O cardeal, que atualmente é o coordenador da Comissão de Bispos da Amazônia, já foi bispo em Santo André, no ABC Paulista, Arcebispo em Fortaleza e Cardial em São Paulo. Ele aproveitou as férias para conhecer a fronteira do Rio Grande do Sul.

Gaúcho, natural de Montenegro, Dom Carlos conta que participou de dois conclaves. “Tive a oportunidade de participar da eleição de Bento XVI e do papa Francisco. Inclusive estava sentado ao lado de Francisco, quando ele foi eleito. O papa sempre conta que falei para ele não esquecer os pobres”, lembrou.


O papa Francisco afirmou neste sábado (16/03/2013), em pronunciamento para 5.000 jornalistas, que escolheu o nome de São Francisco de Assis após ser lembrado pelo arcebispo emérito de São Paulo, dom Cláudio Hummes, que estava a seu lado no momento da eleição, de que era preciso se lembrar dos pobres.



O cardeal trabalhou em Roma, sendo o prefeito da congregação responsável pelo clero durante quatro anos. “Foi uma experiência única, pois é um trabalho em âmbito internacional. Quando pedi a renúncia do cargo pedi para voltar ao Brasil, pois estou com saúde e com vontade de trabalhar”, destacou.


Na Amazônia, ele realizou visitas às 25 Dioceses da região. “Trabalhamos conhecendo a realidade tão peculiar da Amazônia. Buscamos missionários e recursos materiais. É um trabalho muito bonito”, diz. Após visitar a cidade junto ao bispo Dom Gílio Felício, Dom Carlos Hummes seguiu rumo a Uruguaiana, onde segue o tour pela fronteira oeste do Rio Grande do Sul.

João Pedro Stédile, em foto de novembro de 2004


João Pedro Stedile (Lagoa Vermelha, 25 de dezembro de 1953) é um economista e ativista social brasileiro. É graduado em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México.



Marxista por formação, Stédile é um dos maiores defensores da reforma agrária. Filho de pequenos agricultores da província italiana de Trento, reside hoje em São Paulo.



É membro da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do qual é também um dos fundadores. Participa desde 1979 das atividades da luta pela reforma agrária no País, pelo MST e pela Via Campesina.



Atuou como membro da Comissão de Produtores de Uva, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, na região de Bento Gonçalves.

Assessorou a Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Rio Grande do Sul e em âmbito nacional e trabalhou na secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul.

Stédile defende abertamente a insubordinação legal e a luta armada. Em um artigo sobre a deposição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em 2012, ressaltou: "Se a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe".

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que tem em Stédile um líder, é, não raras vezes, acusado de não ter como meta principal o bem estar dos camponeses, e sim, utilizar a reforma agrária apenas como pretexto para promover uma revolução socialista. Um trecho da cartilha de lutas do MST diz: "Os dirigentes possuem um sonho revolucionário que é construir sobre os escombros do capitalismo uma sociedade socialista. Muitas vezes as aspirações dos dirigentes não são as mesmas da massa. Nesse caso é preciso desenvolver um trabalho ideológico para fazer com que as aspirações da massa adquiram caráter político e revolucionário".

Para Stédile, que apoiou Dilma Rousseff em sua campanha presidencial (1º texto a seguir), “O governo Dilma virou um bando de tecnocratas de costas para o povo (2º texto a seguir)”. Todavia, o MST tem seu nome cada vez mais envolvido em denúncias de repasses irregulares de verbas públicas, desde a gestão do presidente Lula (3º e 4º texto a seguir).

- Tendências/Debates: As mentiras paraguaias das elites brasileiras

Mal havia terminado o golpe de Estado contra o presidente Fernando Lugo e flamantes porta-vozes da burguesia brasileira saíram em coro a defender os golpistas.

Seus argumentos eram os mesmos da corrupta oligarquia paraguaia, repetidos também de forma articulada por outros direitistas em todo continente. O impeachment, apesar de tão rápido, teria sido legal. Não importa se os motivos alegados eram verdadeiros ou justos.

Foram repetidos surrados argumentos paranoicos da Guerra Fria: "O Paraguai foi salvo de uma guerra civil" ou "o Paraguai foi salvo do terrorismo dos sem-terra".
Se a sociedade paraguaia estivesse dividida e armada, certamente os defensores do presidente Lugo não aceitariam pacificamente o golpe.

Curuguaty, que resultou em sete policiais e 11 sem-terra assassinados, não foi um conflito de terra tradicional. Sem que ninguém dos dois lados estivesse disposto, houve uma matança indiscriminada, claramente planejada para criar uma comoção nacional. Há indícios de que foi uma emboscada armada pela direita paraguaia para culpar o governo.

Foi o conflito o principal argumento utilizado para depor o presidente. Se esse critério fosse utilizado em todos os países latino-americanos, FHC seria deposto pelo massacre de Carajás. Ou o governador Alckmin pelo caso Pinheirinho.

O Paraguai é o país do mundo de maior concentração da terra. De seus 40 milhões de hectares, 31.086.893 ha são de propriedade privada. Os outros 9 milhões são ainda terras públicas no Chaco, região de baixa fertilidade e incidência de água.
Apenas 2% dos proprietários são donos de 85% de todas as terras. Entre os grandes proprietários de terras no Paraguai, os fazendeiros estrangeiros são donos de 7.889.128 hectares, 25% das fazendas.

Não há paralelo no mundo: um país que tenha "cedido" pacificamente para estrangeiros 25% de seu território cultivável. Dessa área total dos estrangeiros, 4,8 milhões de hectares pertencem brasileiros.

Na base da estrutura fundiária, há 350 mil famílias, em sua maioria pequenos camponeses e médios proprietários. Cerca de cem mil famílias são sem-terra.
O governo reconhece que desde a ditadura Stroessner (1954-1989) foram entregues a fazendeiros locais e estrangeiros ao redor de 10 milhões de hectares de terras públicas, de forma ilegal e corrupta. E é sobre essas terras que os movimentos camponeses do Paraguai exigem a revisão.

Segundo o censo paraguaio, em 2002 existiam 120 mil brasileiros no país sem cidadania. Desses, 2.000 grandes fazendeiros controlam áreas superiores a mil ha e se dedicam a produzir soja e algodão para empresas transnacionais como Monsanto, Syngenta, Dupont, Cargill, Bungue...

Há ainda um setor importante de médios proprietários, e um grande número de sem-terra brasileiros vivem como trabalhadores por lá. São esses brasileiros pobres que a imprensa e a sociologia rural apelidaram de "brasiguaios".
O conflito maior é da sociedade paraguaia e dos camponeses paraguaios: reaver os 4,8 milhões de hectares usurpados pelos fazendeiros brasileiros. Daí a solidariedade de classe que os demais ruralistas brasileiros manifestaram imediatamente contra o governo Lugo e a favor de seus colegas usurpadores.

O mais engraçado é que as elites brasileiras nunca reclamaram de, em função de o Senado paraguaio sempre barrar todas as indicações de nomes durante os quatro anos do governo Lugo, a embaixada no Brasil ter ficado sem mandatário durante todo esse período.

JOÃO PEDRO STEDILE, 58, economista, é integrante da coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e da Via Campesina Brasil

- Stedile: “O governo Dilma virou um bando de tecnocratas de costas para o povo”

publicado em 06 de abril de 2012 às 22:52
Veja entrevista de João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, aos jornalistas Heródoto Barbeiro e Andrea Beron, no Jornal da Record News, na noite desta quinta-feira, 5 de abril.
Abaixo, as duas partes da entrevista.

09/07/2010 - 16h56

- MST vê ocupação com Dilma e tensão no campo com Serra

O Brasil viverá um aumento das ocupações de terra se a petista Dilma Rousseff vencer as eleições e um crescimento da violência no campo caso o tucano José Serra seja o escolhido. O diagnóstico é do economista marxista João Pedro Stédile, fundador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Ele explica que a intensificação de atos num eventual governo do PT ocorre justamente pelas afinidades históricas entre os dois grupos.
"Um operário, diante de um patrão reacionário, não se mobiliza. Com Dilma, nossa base social perceberá que vale a pena se mobilizar, que poderemos avançar, fazendo mais ocupações e mais greves", disse ele.

"Se o Serra ganhar, será a hegemonia total do agronegócio. Será o pior dos mundos. Haverá mais repressão e, por isso, tensão maior no campo... A vitória dele é a derrota dos movimentos sociais", acrescentou.

Por essa razão, a opção "majoritária" do movimento é apoiar a ex-ministra --mesmo que, nos últimos anos, justamente num governo considerado amigo, o MST tenha se enfraquecido e chegado à conclusão de que "o agronegócio venceu".
"Lula não fez reforma agrária, mas uma política de assentamento... Metade dos números do governo é propaganda", afirmou Stédile.

Segundo dados oficiais, quase 1 milhão de famílias foram instaladas nos últimos sete anos em terras cedidas pela União ou compradas do setor privado pelo valor de mercado.
Menos de 10% dos 47 milhões de hectares destinados a este fim foram obtidos por meio de desapropriações de terras improdutivas ou griladas, mecanismo defendido pelo movimento.
O modelo adotado por Lula custa caro. Na região Sul, uma das mais caras do país, assentar uma família exige o desembolso de R$ 126 mil. A média nacional é de R$ 65 mil, conforme cálculo no Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
Apesar de algumas decepções, Stédile descartou apoiar um candidato de extrema esquerda. "Não temos alternativa."

"É como se você percebesse que seu time pode cair pra segunda divisão e faz o que for possível para vencer o campeonato."

CRIMINALIZAÇÃO

O MST vive um período difícil e se queixa de ter sido alvo de criminalização pela imprensa e por "forças de direita" nos dois mandatos do PT. Stédile raramente dá entrevistas.
"A imprensa, que antes nos tratava como coitadinhos e até nos elogiava, passou a nos dar um pau nesses oito anos, passou a ser arma da direita para nos estigmatizar."

O movimento endossou a candidatura de Lula em 2002 apostando numa administração à esquerda. Frustrou-se com a continuidade do modelo macroeconômico implantado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Voltou a dar um apoio tímido em 2006, momento mais difícil para o PT com a crise do mensalão. Após a vitória de Lula naquelas eleições, as relações ficaram estremecidas.

Nesse período, a organização enfrentou três CPIs no Congresso e perdeu diversos repasses financeiros de convênios federais. Partidos como PSDB e DEM acusam o governo de patrocinar ocupações de terra com dinheiro público. "Não somos puxa-saco nem pau-mandado de ninguém", enfatizou.

CUTRALE

Episódios controversos também tiraram capital político da organização, como a destruição por grupos sem-terra de pés de laranja de uma das fazendas da empresa Cutrale. As imagens flagradas pela TV arrancaram de Lula duras acusações de prática de "vandalismo".

"Aquilo foi um erro tático... Mas aquele ato impensado foi usado contra nós como se tivéssemos matado uma criança", rebateu o líder sem-terra. "Se fôssemos radicais, estaríamos botando fogo em tudo."

O apoio informal à Dilma --que assegurou durante a campanha que não vai tolerar "atividades ilegais" do movimento--, e não a presidenciáveis ideologicamente mais próximos ao MST, como Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), vem de uma avaliação pragmática de que esses nomes não foram capazes de aglutinar forças populares.

Para Stédile, Marina Silva (PV), assim como os outros candidatos de esquerda, não devem receber mais que 10% dos votos de sem-terra. "Ela expressa as forças sociais apenas da classe média do Rio de Janeiro e de São Paulo."

- MST multiplica entidades para não perder repasses federais


O governo federal repassou R$ 152 milhões desde 2003 a pelo menos 43 entidades cujos dirigentes são ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), informa a repórter Marta Salomon, em matéria publicada na Folha deste domingo (disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a reportagem, algumas dessas entidades foram criadas depois que os principais braços jurídicos do movimento dos sem-terra se tornaram alvo de investigações do TCU (Tribunal de Contas da União), por supostos desvios de recursos. No entanto, o tribunal investigava apenas quatro associações e um valor quatro vezes menos do que o recém-divulgado.

Algumas dessas investigações já resultaram no bloqueio dos bens de entidades, como o caso da Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), suspeita de repassar ilegalmente recursos federais para o MST e que foi alvo de decisão da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo no início deste mês.

A polêmica em torno do assunto voltou à tona depois de o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, chamar de ilegal o repasse verbas públicas para o MST.

Criado em 1984, o MST não tem CNPJ e não pode receber recursos públicos diretamente, o que o levou a criar entidades para isso, como Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola) e Concrab (Confederação das Cooperativas de Reforma Agrária).

Outro lado

O ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) afirmou que não discrimina entidades comandadas por lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no repasse de verbas federais. "Seria autoritarismo bloquear os convênios porque alguns diretores são vinculados a determinado movimento, partido ou religião", disse ao ser apresentado à lista de entidades cujos diretores mantêm vínculos com os sem-terra.
Procurado, o MST optou por não me se manifestar sobre o conteúdo da reportagem.

Justiça

No último dia 11, decisão do juiz José Carlos Francisco, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, proibiu a União de repassar recursos para a Anca (Associação Nacional de Cooperação Agrícola), uma das ONGs investigadas pelo TCU por desvio de recursos. O juiz também determinou o bloqueio de bens da associação.
A Anca é suspeita de repassar ilegalmente recursos federais para o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

O juiz acatou pedido do Ministério Público Federal, autor da ação de improbidade administrativa contra a Anca. Para a Procuradoria, o objetivo é evitar novos repasses até a conclusão do processo.

O advogado Patrick Mariano Gomes, que defende a Anca, disse que ainda não teve acesso à decisão para traçar uma estratégia de defesa. "Portanto, seria prematuro fazer qualquer comentário sem analisar a decisão", afirmou.

De acordo com a denúncia, a Anca não conseguiu comprovar a utilização do repasse R$ 3,801 milhões do programa Brasil Alfabetizado para alfabetizar 30 mil jovens e adultos e capacitar 2.000 educadores.

COMETÁRIO DO BLOG:

Aqui temos uma suposta entrevista que defende o Papa Francisco

PAPA FRANCISCO DESMASCARA O SOCIALISMO-COMUNISMO

Começa a circular a transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa Francisco quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Matthews da MSNBC, mas Bergolio encurralou Matthews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Matthews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor.

O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.

O Cardeal respondeu:
- Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm-se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes. E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso, ninguém questiona. Eu esforço-me para lutar contra esta pobreza. A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema. Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável

Matthews pergunta:
- O senhor culpa o governo?
- Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas.

Replica Mathews:
- Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.
- As pessoas dominadas pelos socialistas precisam de saber que não têm que ser pobres.

Ataca Mathews:
- E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?
- O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada. Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?

Acusa Mathews:
- O senhor é um capitalista?
- Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?
- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?
- Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia, é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo.
- Suas ideias são radicais, diz o jornalista.
- Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo?

Mathews diz:
- Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.

O Cardeal respondeu:
- Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e veem os pobres como um problema de governo. Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza.

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Em 1507, Lutero fez sua primeira missa, pois ainda era monge. Seu pai chega para ver a celebração de ceia, o filho ergue as mãos com um cálice de vinho, mas acaba derrubando e o pai fica decepcionado e vai embora. Martinho Lutero é convocado para levar cartas para Roma. Na viagem, ele vê diversos crimes praticados pela Igreja como a venda de indulgências, relíquias, falta de castidade e o celibato sendo quebrado por padres. Indignado com as coisas que vê, ele sai de Roma e volta para sua igreja. Para aprimorar os estudos e retomar a fé, Lutero vai para uma universidade na Alemanha, onde teve aulas de teologia e não concorda com os ensinamentos que recebe, discutindo com seu professor.


Alguns representantes da Igreja chegam à cidade onde Lutero estava e demonstram através de peças teatrais (autos), como é o tormento eterno. Eles oferecem ao povo uma indulgência especial, que estava supostamente ligada à construção de uma catedral e em troca da compra, seriam salvos do tormento eterno. Em ato contrário a tudo o que a Igreja fazia, Martinho publicou as suas 95 teses e mandou uma cópia para o arcebispo com a intenção de avisá-lo dos acontecimentos dentro da Igreja. Ele também colocou o documento na porta de sua igreja, para avisar o povo. Os membros da Igreja ficaram revoltados e mandaram uma intimação para o para Lutero em Wittenberg, avisando-o para comparecer em Roma sob ameaça de excomungá-lo. Lutero avisou aos membros de sua igreja que iria a Roma, mas advertiu que a Igreja deveria seguir a Deus individualmente e com fé, sem haver a presença de intermediários como: padres, bispos, cardeais, etc. A Igreja tentou convencer o príncipe a entregar o padre “herege” ao Vaticano, mandando-lhe presentes preciosos, porém, este se recusou a entregar o padre. Então, a Igreja Católica propôs uma “batalha”, para capturar Lutero, fazendo uma bula, condenando-o a morte e a confiscação de bens. O príncipe continuou se recusando a entregar Lutero, e disse que somente iria entregá-lo para um julgamento justo, em seu país: a Alemanha.

Lutero fez a tradução do novo testamento do latim para o alemão escondido. Enquanto isto, a igreja protestante estava sendo atacada e muitos de seus fiéis eram atacados e mortos. Para muitos, Martinho Lutero havia morrido, mas suas teorias continuavam vivas, o que continuou causando conflitos e chacinas na Europa. Em 1530, os príncipes foram chamados novamente para julgar Lutero, porém sem a presença do próprio. Os príncipes se recusaram a proibir a doutrina da nova bíblia e da igreja protestante. Finalmente, Martinho Lutero pode continuar com sua religiosidade. Ele foi excomungado, porém a igreja Luterana deu origem a novas doutrinas e interpretações do cristianismo, e os príncipes se beneficiaram com a possibilidade de se tornarem chefes religiosos. Nascia uma nova visão de mundo que transformou a sociedade da época.
(Texto de Daniel T:707. CPII/ USCII)

Sua História 

Martinho Lutero nasceu a 10 de novembro de 1483 no centro da Alemanha, em Eisleben, Turíngia/Alemanha. Seus pais, João e Margarida, eram pobres - João era mineiro e lenhador - porém não iletrado, de modo que puderam dar-lhe boa orientação educacional. Visando a melhorar a vida econômica, fixaram residência, em 1484, em Mansfeld, onde Martinho iniciou seus estudos. 
Terminando o curso da escola daquela localidade, então com 14 anos, deixou a casa paterna e ingressou na escola superior de Magdeburgo. Depois de um ano ali, teve que retornar à casa paterna acometido de grave enfermidade, indo por esta razão, no ano seguinte, estudar em Eisenach. 
Três anos cursou o colégio de Eisenach. Em 1501 ingressava na Universidade de Erfurt, cidade conhecida como "Roma Alemã" pelo número de suas igrejas e mosteiros. Obteve ali os graus de Bacharel (1502) e Mestre em Arte (1505). No mesmo ano ingressou no curso de Direito. Este, porém, foi interrompido visto que, a 02 de julho de 1505, regressando da casa paterna, teve sua vida seriamente ameaçada por uma tempestade que, por pouco, lhe tirara a vida. 

Fez, nesta oportunidade, um voto a Sant’ana que, se lhe fosse dado viver, ingressaria no mosteiro para tornar-se monge. No dia 17 de julho de 1505 as portas do convento da Ordem dos Agostinhos fechavam-se atrás dele. 

Sacerdote 

Em fevereiro de 1507 foi ordenado sacerdote. Vivia, no entanto, em completo desespero, buscando, dias e noites a fio, em tremendos tormentos espirituais, resposta à pergunta: "De que maneira conseguirei um Deus misericordioso?" Reconheceu muito logo que jamais seria possível obter certeza de sua salvação mediante boas obras, pela impossibilidade de saber se são suficientes, mormente em se tratando de uma alma de consciência extremamente sensível. 

Professor 

Por indicação do vigário da ordem, João de Staupitz, que reconhecia em Lutero urna erudição e inteligência incomuns, Lutero foi designado professor na Universidade de Wittenberg, fundada em 1502 por Frederico, o Sábio, duque da Saxônia e presidente dos sete eleitores civis que, juntamente com sete autoridades religiosas, elegiam o imperador do Sacro Império -Romano da Nação Alemã. Ocupou ali a cadeira de Teologia. Continuou também seus estudos, instruindo-se principalmente nas línguas gregas e hebraica. A 09 de março de 1509 obteve o grau de Baccalaureus Biblicus. 

Viagem a Roma 

Em 1511, então com 28 anos, foi enviado em missão diplomática a Roma, para solucionar uma divergência entre sete conventos de sua Ordem e o vigário geral da mesma. A corrupção, imoralidade, as zombarias, o desrespeito do clero e da cúpula da igreja para com as coisas sagradas marcaram nele uma profunda decepção. Embora profundamente entristecido, as esmagadoras desilusões sofridas não o levaram a descrer de sua igreja. Doutor em Teologia Em outubro de 1512, recebia, das mãos do decano da faculdade de Teologia, o grau de 

Doutor em Teologia

Assumiu, a seguir, a cadeira de Lectura in Bíblia lecionando, à base das línguas originais, o hebraico do Antigo Testamento e o grego do Novo Testamento, incorporando conquistas do humanismo na ciência da interpretação de textos. Ainda em 1512, foi eleito subprior do convento de Wittenberg. Em maio de 1515, o cabido geral reunido em Gotha o designava vigário do distrito, que compreendia onze conventos sob sua orientação e autoridade.

Preleções 

As suas preleções eram tão concorridas que a elas acorriam estudantes de todas as partes e países vizinhos. Os professores assistentes também aumentavam. O reitor da Universidade chegou a declarar, como que em antevisão: "Este frade derrotará todos os doutores; introduzirá uma nova doutrina e reformará toda a igreja; pois ele se funda sobre a palavra de Cristo, e ninguém no mundo pode combater nem destruir esta Palavra..." (Melchior, Adam. Vita Lutheri, p. 104). 

Ocupando o púlpito, a capela logo não mais podia comportar os assistentes. O senado o convidou então a ocupar a igreja paroquial da cidade. 

Justificação pela fé 

Nos seus conflitos espirituais, o texto bíblico que lhe trouxe a luz da verdade e a paz de consciência veio a ser a célebre passagem da Epístola aos Romanos (1.17), em que o apóstolo cita o profeta Habacuque: "0 justo viverá por fé" Viu que São Paulo fazia do sacrifício de Cristo o centro da verdade em religião. Seus pecados, angústias, sofrimentos haviam caído sobre os ombros de Cristo na cruz; Cristo fizera o que ao pecador teria sido impossível fazer com suas penitências e méritos pessoais. 

As Teses 

Em 1517, Lutero quis provocar um debate público sobre a venda de indulgências promovidas pelo Papa Leão X e o arcebispo Alberto de Mogúncia através da Ordem dos Dominicanos. Quando pregou à porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, em 31 de outubro de 1517, o pergaminho com as 95 teses em latim para serem debatidas entre os acadêmicos, conforme o costume da época, não desejava desencadear um movimento na história da igreja. Era o pároco que, com preocupado, via como as almas dos fiéis eram desnorteadas por um grande escândalo, descaradamente apregoado em nome da santa Igreja: a venda do perdão de Deus, como se fosse mercadoria, por meio de cartas de indulgência, cujo lucro se destinava ao término da basílica de São Pedro e à cruzada contra os turcos. 

Seu principal proclamador era o dominicano Tetzel. Eis algumas das teses apresentadas por Lutero: - Dizendo nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo: Arrependei-vos... etc., pretendia falar da vida interior do cristão que deveria ser um contínuo e ininterrupto arrependimento (Tese I) - Pregam futilidades humanas quantos alegam que no momento em que a moeda soa ao cair na caixa a alma se vai do purgatório (Tese 27) - Todo o cristão que se arrepende verdadeiramente dos seus pecados e sente pesar por ter pecado, tem pleno perdão da pena e da dívida, perdão esse que lhe pertence mesmo sem breve de indigência (Tese 36) - Esperar ser salvo mediante breves de indulgência é vaidade e mentira, mesmo se o comissário de indulgências e o próprio papa oferecessem sua alma como garantia (Tese 52) As proposições sobre as indulgências eram completadas por algumas outras, que continham o que viria a ser fundamental na doutrina luterana: - Aos olhos de Deus, não há na criatura senão concupiscências; - Ninguém se salva senão pela graça de Deus através da fé. O efeito dessas teses foi tão inesperado, que elas não ficaram entre os letrados; traduzidas ao alemão, em poucas semanas se espalharam por toda a Alemanha e outras partes da Europa, chegando ao conhecimento do povo em geral. 

Reação de Roma 

Em 1518, Roma tratou de liquidar o caso do monge de Wittenberg.
Lutero foi chamado para responder processo em Roma, dentro de sessenta dias. Mas, por interferência de Frederico, o Sábio, Príncipe da Saxônia, o Papa consentiu que a questão fosse tratada em Augsburgo, pelo Cardeal Cajetano. Este exigia simplesmente que Lutero se retratasse, o que este, naturalmente, não fez. Tinha Lutero nessa época o apoio do capítulo da Ordem dos Agostinhos e do corpo docente da Universidade de Wittenberg. 

Cajetano declararia depois dos três encontros com Lutero: "Ele tem olhos que brilham, e raciocínio que esconcertam". O Papa temia suscitar oposição cerrada entre os príncipes alemães. Valeu-se, para que isso não acontecesse, da diplomacia. Condecorou o protetor de Lutero, Frederico, o Sábio, com a "Ordem da Rosa Áurea da Virtude" para afastá-lo de Lutero, e enviou o conselheiro Karl von Miltitz. Este conseguiu, com brandura, queLutero escrevesse uma carta ao papa, declarando sua fiel submissão; mas reafirmou, também, sua doutrina da justificação pela fé somente, sem os méritos de obras. Expôs e defendeu sua posição num debate com o Dr. João Eck em Leipzig. O que precipitou o rumo das coisas foi sua declaração de que nem todas as doutrinas de João Hus (queimado como herege em Constança, em 1415) eram falsas, e que os concílios são passíveis de erros em suas decisões. Isto o colocou à margem da igreja papal, que se fundamentava sobre a infalibilidade do papa e dos concílios. 

Primeiros Escritos 

Em 1520 escreveu três livros fundamentais mostrando o antagonismo do sistema de salvação papal e o ensino bíblico: "À Sua Majestade Imperial e à Nobreza Cristã sobre a Renovação da Vida Cristã",- "Sobre a Escravidão Babilônica da Igreja" e "Da Liberdade Cristã" ' Alguns de seus pensamentos-chave aí registrados são estes: - "0 cristão é um livre senhor sobre todas as coisas e não submisso a ninguém - pela fé"; "o cristão é servidor de todas as coisas e submisso a todos - pelo amor". "Não fazem as boas obras um bom cristão, mas um bom cristão faz boas obras". 

Excomunhão 

A resposta do Papa foi a bula de excomunhão Exsurge Domine. Tinha ainda 60 dias para retratar-se do que havia escrito e ensinado. Em 03 de janeiro de 1521 esgotou-se o prazo dado na bula, sendo então proferido o anátema definitivo, pela bula Decet Romanum Pontificem. 

Dieta de Worms 

Em 1521 reunia-se a primeira Dieta ou Assembléia do império, presidida pelo jovem imperador Carlos V, eleito em 1520, em sucessão a Maximiliano, para dirigir o reino "em que o sol não se punha". Lutero, intimado, compareceu diante da assembléia em 17 e I S de abril de 15 2 1. Perguntado se renunciava ao que tinha escrito, respondeu: "Não posso, nem quero retratar-me, a menos que seja convencido do erro por meio da palavra bíblica ou por outros argumentos claros. 

Aqui estou; não posso de outra maneira! Que Deus me ajude. Amém". 

Tradução do Novo Testamento 

Proscrito pelo imperador, foi posto em segurança pelo duque Frederico, através de um sequestro simulado de cavaleiros embuçados, durante sua viagem de retomo, e escondido no Castelo de Wartburgo, nas proximidades de Eisenach. Sua principal realização nesse período foi a tradução do Novo Testamento grego para um alemão fluente de grande aceitação popular. Os primeiros 5 mil exemplares esgotaram-se em 3 meses. Em cerca de dez anos houve 58 edições. Em 1522, com risco de vida, reassumiu as funções de professor em Wittenberg. Juntamente com Felipe Melanchthon (cognominado Praeceptor Germaniae - educador da Alemanha), seu grande amigo e colaborador, instruiu centenas de estudantes alemães, boêmios, poloneses, finlandeses, escandinavos. 

Guerra dos Camponeses 

Marcou o ano de 1525 a Guerra dos Camponeses - uma revolução armada em que os camponeses, sob federação, reivindicaram mais liberdade aos latifundiários. Em seus objetivos políticos sociais idealizaram Martinho Lutero como chefe. Confundiram reivindicações políticas com aspirações religiosas. Lutero, embora compreendendo suas necessidades, viu-se forçado a distanciar-se do movimento porque não era política a missão dele. A carnificina, com batalha final em Frankenhausen, trouxe prejuízos ao movimento da Reforma. Mas esta, a despeito de todos os abusos praticados em seu nome, se expandia. Lutero procurava consolidar as igrejas e escolas que haviam aderido à Reforma em território alemão e países vizinhos. Neste mesmo ano (I 525) casou-se com uma ex-freira, Catarina de Bora, de cujo casamento lhes nasceram 6 falhos. 

Culto e Liturgia 

De 1527 a 1529 esteve empenhado na organização da Igreja Evangélica. Compositor e poeta, compôs trinta e sete hinos. Cabe-lhe a celebridade de popularizar o Lied eclesiástico. Era também conhecido como o "Rouxinol de Wittenberg".

Traduziu a ordem da missa para o alemão - Deutsche Messe 1526 - a partir do que os cultos passaram a ser celebra. dos na língua do povo, e não no latim que ninguém entendia. 

Os dois Catecismos 

Em 1529 redigiu dois manuais de instrução, até hoje em uso nas igrejas luteranas: "Catecismo Menor" e "Catecismo Maior" Os dois volumes apresentam, em seis partes, um sumário da doutrina cristã. O primeiro é escrito, especialmente, para as crianças; o segundo, para os pais. Justificando, o Reformador afirma: "A lamentável e mísera necessidade experimentada recentemente, quando também fui visitador, é que me obrigou e impulsionou a preparar este Catecismo ou doutrina cristã nesta forma breve, simples e singela. 

Meu Deus, quanta miséria não vi! O homem comum simplesmente não sabe nada da doutrina cristã, especialmente nas aldeias". Numa outra oportunidade afirma: "Eu também sou doutor e pregador, e, na verdade, tenho de continuar diariamente a ler e estudar, e ainda assim não me saio como quisera, e devo permanecer criança e aluno do Catecismo". 

Somente a Escritura 

No mesmo ano realizou-se, no mês de outubro, um encontro entre Ulrico Zwínglio e Lutero para um debate doutrinário, denominado Colóquio de Marburgo, urna controvérsia eucarística. 

O pregador Zwínglio, que vivia na Suíça, também reconhecera a apostasia da igreja romana, pregai)do a Palavra e testemunhando contra as indulgências. Diferia, no entanto, da doutrina de Lutero e a discrepância básica resumia-se na pergunta: Os artigos de fé devem basear-se exclusivamente na Palavra de Deus ou também na razão humana? Não chegaram a um acordo, visto que a resposta de Lutero não admitia dúvida: A Escritura, e nada além dela, é fonte de artigos de fé, como também, mais tarde, a Fórmula de Concórdia o expressa: "Cremos, ensinamos e confessamos que somente os escritos proféticos e apostólicos do Antigo e do Novo Testamento são a única regra e norma segundo a qual devem ser ajuizadas e julgadas igualmente todas as doutrinas e todos os mestres". 

Confissão de Augsburgo 

Auxiliou o duque João Frederico a delinear sua estratégia em relação à Dieta de Augsburgo (l53O), convocada Pelo imperador para superar o cisma- Acompanhou a redação, por Felipe Melanchthon, duma defesa oficial, que veio a chamar-se Confissão de Augsburgo. 

O documento - a primeira e mais notável das confissões evangélicas - foi lido em público à assembléia imperial, em nome de príncipes e cidades partidárias da Reforma, a 25 de junho de 1530. Era Composto o documento de duas partes: uma, dogmática; outra, apologética. Argumentavam na Confissão que, quanto à doutrina, continuavam fiéis ao que a igreja vinha ensinando à base das Escrituras Sagradas, conforme os Credos Apostólico e Niceno; com respeito ao culto, mantinham os ritos antigos consentâneos ao evangelho, cancelando apenas aqueles costumes, ritos e cerimônias que obscureciam a glória de Jesus Cristo como o único Mediador entre Deus e Os homens. Reivindicaram, por conseguinte, o direito de conviver em Paz com o papa e os bispos no seio da igreja do império. O imperador, ouvida a Confissão, determinou que os teólogos de Roma elaborassem a Confutação Católica à confissão de Augsburgo. 

A 03 de agosto fez-se a leitura desta. Não terminava ainda a apresentação de confissões religiosas, e Lutero e Melanchthon responderam à Confutação com a Apologia da Confissão de Augsburgo, de alto valor teológico, mas da qual a Dieta não quis tomar conhecimento. A Dieta lhes concedeu o prazo até 15 de abril de 1531 para voltarem ao seio da igreja romana e exigiu rigoroso cumprimento do Édito de Worms. Embora desaconselhados por Lutero, constituiu-se em fevereiro de 1531 uma poderosa agremiação política dos príncipes luteranos, denominada "Lida de Esmalcalde". Porém, em vista do perigo dos turcos às portas do império, em Viena, o imperador dependia do auxilio militar dos príncipes evangélicos; por isso, pela Paz de Nüremberg, para a qual Lutero muito contribuiu, em 1532, permitiu aos adeptos da Confissão de Augsburgo a persistirem nas suas doutrinas e concedia-lhes ainda outros privilégios. Essa tolerância seria dada até a realização de um concílio da igreja. 

Tradução do Antigo Testamento 

Não houve, assim, apesar dos esforços, uma maneira de restabelecer a unidade na igreja e no império. Em 1534 Lutero terminava uma tarefa em que havia trabalhado mais de 10 anos: a tradução do Antigo Testamento para o alemão. No mesmo ano pode-se publicar, então, a Bíblia completa. Em 1536 Lutero redigiu, por solicitação do duque João da Saxônia, artigos para serem apresentados num "Concilio geral livre" convocado pelo Papa.

Os Artigos de Esmalcalde, porém, não chegaram a ser apresentados. Os líderes evangélicos concluíram que o concilio não seria livre e se negaram a participar do Concílio de Trento (l545 - 1563), que desencadeou a contra-reforma, no pontificado de Paulo III. 

Paz de Augsburgo 

A Paz de Augsburgo, em 1555, atendeu, de certa forma, aos reclamos dos evangélicos. Substituiu a tolerância religiosa nestes termos: os príncipes e cidadãos do império respeitariam a filiação religiosa de cada um, e o povo teria a opção de adotar a confissão religiosa do respectivo domínio ou de emigrar a território que tivesse a confissão desejada. 

Martinho Lutero faleceu aos 62 anos de idade, em 18 de fevereiro de 1546, em sua cidade natal, Eisleben, depois de solucionar um litígio entre os condes de Mansfeld. Com grande cortejo fúnebre e ao som de todos os sinos, Lutero foi sepultado sob as lajes da igreja do Castelo de Wittenberg, onde sempre pregava o evangelho. 

Contra-Reforma 

A Contra-reforma, liderada pela ordem dos jesuítas, reconquistou vários territórios que tinham aderido à Reforma. Não obstante, a doutrina, o culto e a piedade preconizados por Lutero se enraizaram na Alemanha, nos países bálticos, nos países escandinavos e na Finlândia. 

Através doutros reformadores, foram acolhidos na França, Inglaterra, Escócia e Países Baixos. Em todos estes países, a Reforma ocasionou extraordinário desenvolvimento cultural, notadamente na educação, ciência, economia e política. Pela emigração, os "Luteranos" se espalharam por todos os continentes. Contam, hoje, cerca de 70 milhões.

Frade, sacerdote, professor, doutor em Teologia, pregador considerado o primeiro de seu tempo, escritor vigoroso e de grande riqueza lexicografia, fixador da língua alemã, poeta e músico, Lutero abalou o mundo de seus dias e sobre ele se tem pronunciado. ciado o juízo dos séculos. 

Pronunciamentos sobre Lutero 

O historiador Schaff diz que "este foi o maior homem que a Alemanha produziu e um dos maiores vultos da história". Goethe dá o seu testemunho nestes termos: 'Dificilmente compreendemos o que devemos a Lutero e à Reforma em geral. Ficamos livres dos grilhões da estreiteza espiritual (... ) compreendemos o cristianismo em sua pureza". 
Heinrich - Heine, o poeta excelso, exclama: "Honra a Lutero, a quem devemos a reconquista dos nossos direitos mais sagrados, e de cujos benefícios vivemos hoje em dia. Através de Lutero adquirimos a liberdade religiosa. Criou a palavra para o pensamento. Criou a língua alemã, através da tradução da Bíblia": Dollinger, historiador católico liberal, diz: "Lutero deu aos alemães o que nenhum outro jamais dera a seu povo: a língua, a Bíblia, a hinologia..." É reconhecido como "pai da alfabetização". 

Dirigiu-se aos pais através de profusas publicações, encarecendo-lhe a escola e a educação dos filhos como necessidade inadiável, para a pátria e a igreja verem melhores dias. Um escritor moderno declarou: "A Lutero deve a Alemanha seu esplendido sistema educacional - em suas origens e concepções. Porque ele foi o primeiro a reclamar uma educação universal, uma educação do povo todo, sem consideração de classe". Deixou à posteridade, em sua fecundidade literária, dezenas de volumes contendo obras doutrinárias, apologéticas, exegéticas, homiléticas, pastorais e pedagógicas. 

Funck-Brentano, célebre historiador contemporâneo assim se expressa: "Qualquer que seja o julgamento formulado em torno da doutrina religiosa de Martinho Lutero, é preciso reconhecer nele uma das mais poderosas personalidades que o mundo conheceu. Sua energia, seu valor, sua poderosa ação - que decorriam em grande parte da intensidade de suas convicções - estão acima de todo elogio. 

Calculou-se que seriam precisos a um homem dez anos de vida para simples cópia das cartas, orações e inumeráveis escritos do reformador, e Lutero não só redigiu suas obras, mas pensou-as, deu-lhes estudo e reflexões, corrigiu-as, e isso entre ocupações múltiplas, quase sempre absorventes e das mais diversas, suas prédicas, sua atividade social e política, os cuidados e o tempo que consagrou aos antigos e à família" (Martim Lutero, pág. 22, Ed Veccki). 

Dezenas de testemunhos dessa natureza poder-se-ia acrescentar à sua pessoa. Os exemplos citados, porém, exemplificam o veredito sobre sua pessoa e a obra deixada até os nossos dias atesta a sua grandiosidade. 

ROSA DE LUTERO 

Símbolos são figuras que expressam verdades e convicções. Uma Cruz, um Coração, uma Rosa Messiânica, um Fundo Azul e um Anel Dourado formam o BRASÃO DE LUTERO. O coração se apega a Cristo, centro da fé e da vida cristã. A fé se reflete em alegria, consolação, paz e esperança, aguardando a realização das promessas de felicidade sem fim, que ainda serão cumpridas. A ROSA DE LUTERO tornou-se um símbolo visual da REFORMA e do LUTERANISMO.

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

2 comentários:

  1. Não podemos comparar a luta de Lutero com a do Stédile, os objetivos são diferentes, épocas históricas também. Misturar ideias marxista com Cristianismo, "Amar o próximo como a ti mesmo", não significa tomar de quem trabalhou para conseguir e dar a quem não trabalha, é uma luta bem diferente. Se a Igreja Católica aceita esse tipo de pessoas, é porque todos somos imagem e semelhança de Deus.

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    1. Obrigado pelo comentário. Não é só a Igreja Católica que "aceita esse tipo de gente", os satanistas estão em todos os lugares.

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