segunda-feira, 11 de maio de 2015

Rússia exibe força militar em desfiles que festejam vitória na 2ª Guerra

Presidente russo, Vladimir Putin, fala na Parada da Vitória, que marcou os 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial, neste sábado (9) (Foto: AP)


Foram ao país líderes como Xi Jinping, Raúl Castro e Nicolás Maduro.
Maior desfile militar foi realizado na Praça Vermelha, em Moscou.

Milhares de soldados marcharam pela Praça Vermelha em Moscou neste sábado (9) e tanques ressoaram pelas ruas para marcar o 70º aniversário da vitória contra a Alemanha nazista, um evento boicotado por líderes do Ocidente por conta do papel da Rússia na crise ucraniana.


O presidente russo, Vladimir Putin, tem usado o aniversário para elevar o patriotismo e estimular o sentimento anti-Ocidente, e em uma parada em Kiev o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse que Moscou estava tentando monopolizar o crédito pela vitória da Segunda Guerra Mundial às custas da Ucrânia.

Em seu discurso para soldados e veteranos, Putin disse que a matança ocorrida na guerra sublinhou a importância da cooperação internacional, mas que "nas últimas décadas temos visto intenções de se criar um mundo unipolar", criticando o suposto objetivo americano de dominar os assuntos mundiais.

Apesar de líderes ocidentais terem ficado de fora, Putin teve ao seu lado 30 líderes estrangeiros, incluindo o presidente chinês, Xi Jinping, sentado ao seu lado direito.
Em um sinal de laços fortes entre os dois, uma coluna de tropas chinesas participou da parada. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também estava entre os que assistiam ao evento.

Dignitários da Índia, ex-repúblicas soviéticas e aliados da era comunista, como Cuba, também participaram, reforçando o papel da Rússia como uma excluída na Europa.
A chanceler alemã Angela Merkel não compareceu ao desfile, assim como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e os líderes francês e britânico, mas Merkel assistirá a uma cerimônia de colocação de coroa de flores em Moscou no domingo.

Putin advertiu que o fascismo poderia estar em ascensão novamente e tem sugerido que outros países estão reescrevendo a história ao minimizar o papel de Moscou na vitória na guerra.

"Os princípios básicos da cooperação internacional têm sido ignorados com mais frequência nas últimas décadas. Os princípios que foram duramente conquistados pela humanidade após as dificuldades globais da guerra", disse ele a fileiras de soldados em posição de sentido.

Soldados russos da unidade de cerimoniais. (Foto: RIA Novosti / Via Reuters)

Pessoas assistem a queima de fogos de artifício atrás da Catedral de São Basílio em Moscou, na Rússia, no fim da comemoração dos 70 anos do final da II Guerra Mundial


Fogos de artifício são vistos atrás da Catedral de São Basílio na Praça Vermelha, em Moscou, no fim das celebrações do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial


Fogos de artifício são vistos na Praça Vermelha, em Moscou, no fim das celebrações do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial


Moradores fazem marcha carregando fotos de parentes que lutaram na Segunda Guerra Mundial durante comemoração dos 70 anos do fim do combate em São Petesburgo, na Rússia. Cerca de 100 mil pessoas participaram da marcha


Soldados russos marcham na Praça Vermelha durante o desfile do Dia da Vitória, em Moscou


O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, desfila em carro durante parada militar na Praça Vermelha, em Moscou. 


Recrutas russos vestem uniforme da 2ª Guerra.

Veterano da 2ª Guerra Mundial chega para o desfile do Dia da Vitória na Praça Vermelha, em Moscou.


Aviões de transporte russos IL-76 voam sobre a Praça Vermelha.


Início do desfile militar em Moscou.


Criança oferece flor a um veterano da 2ª Guerra Mundial.


Parada Militar recorda fim da 2ª guerra Mundial.


Helicópteros Mi-28 helicópteros sobrevoam Moscou.


A tripulação do submarino Varshavyanka participa de cerimônia em Vladivostok.

Rússia mostra veículos com sistemas de mísseis táticos terra-ar de curto alcance durante o desfile em Vladivostok.


Rússia mostra caças Sukhoi Su-27 Flanker.


Início da parada militar em Moscou.


Desfile militar em Blagoveschensk. Tropas Siberianas.


Soldados marcham durante as celebrações do Dia da Vitória em Blagoveschensk.


Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, e do Quirguistão, Almazbek Atambayev, chegam para assistir parada militar em Moscou.


Soldados russos marcham pela Praça Vermelha.


Avião de combustível Ilyushin Il-78 e um Tupolev Tu-95MS da Força Aérea russa.
COMENTÁRIOS DO BLOG:

Mito: se não fosse as condições climáticas da Russia, a Alemanha teria ganho a guerra com extrema facilidade.
 
Errado amigos. Na verdade neste quesito a Alemanha ganhou.

Ficou por 4 anos em território russo com 3 milhões e meio de soldados matando mais de 25 milhões de russos (suas maiores vítimas) a uma distancia de apenas 300 quilômetros de Moscou. 

Não se sabe se foi apenas por loucura que Hitler sacrificou seu exército deslocando-o incessante de Norte a Sul da Russia.
Com isso, não só ouve um esgotamento total de todos os recursos da tropa alemã já que tinham dos fronte instantâneo: Um a Leste e outro a Oeste da Europa.
Essa demora em liquidar Moscou, que nem chegou a ser atacada, fez com desse tempo de que considerável ajuda fosse prestada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha e pudesse ser enviadas aos russos, e também, os russos terem tempo de transferir suas Tropas Siberianas que lutavam no pacifico.

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Segunda Guerra Mundial: a resistência soviética à invasão alemã

Por Voltaire Schilling

24 julho de 1942: soldados alemães dispararam os últimos tiros nas ruas de Rostov, onde atiradores de elite soviéticos resistiam, mesmo depois de a cidade ter caído, destruída pelos ataques nazistas

O famoso teórico da guerra Clausewitz já alertava sobre as dificuldades de se conquistar a Rússia. A vastidão do país, as poucas estradas e a determinação do povo em lutar levavam invasores a um assombroso desgaste. E em um capítulo especial sobre os efeitos das marchas prolongadas, ele mostra como essas diminuem o potencial combativo de um exército. Assim, ao penetrarem cada vez mais no solo russo, as forças alemãs começaram a sentir os efeitos destes fatores.

Agora não se tratava de conquistar pequenos países da Europa Ocidental, mas sim uma região que só em sua área européia tinha mais de 5 milhões de quilômetros quadrados - duas vezes e meia superior a da Europa Ocidental.

As linhas invasoras, ao se estenderem por mais de mil quilômetros, dificultaram o abastecimento e o municiamento, assim como se tornaram vulneráveis ao ataque de guerrilheiros na retaguarda. Sendo o exército alemão essencialmente motorizado, havia necessidade constante de combustível e reposição de peças para torná-lo eficiente.

A resistência soviética aumentava de intensidade conforme os alemães se aproximavam de Moscou. O inverno de 1941 foi assaz precoce. O General Guderiam notou as primeiras nevascas na primeira quinzena de outubro. As estradas ficaram enlameadas, diminuindo cada vez mais a capacidade de manobra das divisões panzer. Mesmo assim, os alemães atingiram a periferia da capital soviética em novembro de 1941. A temperatura baixou terrivelmente, entre 20 e 25 graus abaixo de zero. Como esperavam o término da guerra para antes do inverno, foram surpreendidos sem vestuário apropriado.

Hitler ordenou que os exércitos aguardassem a passagem do inverno em suas posições de assalto. A capital seria conquistada na primavera de 1942. É neste momento que, com auxílio de tropas siberianas, o Marechal Zukov inicia o contra-ataque na região de Moscou, surpreendendo os alemães e afastando-os em definitivo.

O pânico das tropas contaminou todo o alto-comando, fazendo com que Hitler afastasse uma série de generais e assumisse o controle direto da guerra. A ordem era resistir em suas posições. Percebeu que uma retirada em pleno inverno, como muitos generais desejavam, poderia se transformar numa catástrofe de enormes proporções, desmoralizando definitivamente suas tropas. Segundo alguns, esta foi uma das poucas ordens sensatas de Hitler.

Até o fim de 1941, caíram sob controle alemão 40% da população soviética, 41% das estradas de ferro, 38% do gado, 58% das siderurgias de aço, 60% do alumínio, 84% do açúcar, 38% dos campos cerealísticos, 63% do carbono e 60% do ferro. Apesar dessas conquistas, nunca os alemães tinham sido postos fora de combate com tanta intensidade: foram 202.251 mortos, 725.642 feridos e 46.511 desaparecidos, perfazendo até fevereiro de 1942, 31% do total da força invasora.

Na primavera de 1942, os alemães retomaram a ofensiva nas regiões do sul da Rússia. Toda a área do Mar Negro foi conquistada, incluindo o Cáucaso. Veio o "verão negro" da história do exército soviético. No entanto, era visível que os russos preparavam-se cada vez melhor para enfrentar os cercos dos blindados inimigos. Tropas aguerridas estavam se forjando no transcorrer das batalhas. Apesar das enormes perdas, os soviéticos passaram a ser abastecidos com um equipamento mais farto e de melhor qualidade, destacando-se o tanque T-34 e os morteiros-foguetes katyushas.

O esforço de guerra soviético
 
Nos últimos anos da década de 1930, conforme a negra nuvem da guerra se alastrava pela Europa, os soviéticos passaram a construir as fábricas de forma a serem facilmente desmontáveis e conduzidas às regiões fora do alcance da aviação invasora. Quando os alemães atravessaram a fronteira da URSS, em junho de 1941, deu-se início a remoção. Nos Urais foram instaladas 455 indústrias, 210 na Sibéria e 250 na Ásia Central, num total de 1.360.

Isso, no entanto, não evitou que mais de 1,7 mil cidades fossem destruídas, bem como 70 mil aldeias, desabrigando mais de 25 milhões de habitantes. Também foram destruídas 31.850 fábricas, 65 mil quilômetros de estradas de ferro foram totalmente inutilizadas, perecendo ainda 71 milhões de cabeças de gado variado. Mas a mobilização da população propiciou às forças armadas 11,55 milhões de soldados, dos quais 6,35 milhões entraram de fato em combate.

Catastróficas foram as perdas civis e militares. Apesar dos dados serem aproximativos, Ellenstein os calcula ao redor dos 25 milhões de mortos (provocados pelo combate direto contra o inimigo, assim como pela fome, frio e epidemias). Das despesas totais para o esforço de guerra, calcula-se que, a partir de 1942, 60% da receita estatal foi destinada aos produtos bélicos. A produção de aviões atingiu 3 mil unidades por mês a partir de 1943, e a de blindados, 2 mil.

Stalin, no final do conflito, afirmou que seu país havia construído 100 mil blindados e 120 mil aviões. Considerável igualmente foi a ajuda prestada pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha: segundo o General Deane, os aliados ocidentais enviaram para a URSS:

-> 1 mil caminhões, 13 mil veículos de guerra, 2 mil veículos para canhões e 35 mil motocicletas; 
-> Milhões de toneladas de produtos de petróleo; 
-> Milhões de toneladas de víveres e equipamento ferroviário.

O auge do abastecimento, que se fez em sua maior parte pelo porto popular de Murmansk, ocorreu entre os anos de 1943 e 1944, contribuindo enormemente para a contra-ofensiva geral que levou os alemães à derrota.

A política de ocupação alemã 

Como conseqüência lógica da política racista, os nazistas trataram com métodos bárbaros e cruéis as populações do Leste Europeu. Suas vítimas principais foram os poloneses e russos, vistos como untermenschen (seres inferiores) pelos germanos conquistadores. De acordo com os princípios ideológicos de Mein Kampf, diz-nos M. Crouzer, "tratava-se de criar para algumas nações que disto fossem dignas, zonas vitais formadas dum certo número de 'grandes espaços' (grossraum), política e economicamente autônomos, ligados por acordos bilaterais".

O centro seria formado pela Alemanha, que seria a única a ser provida de parques industriais. Na periferia, estariam as nações camponesas - o Baurwall, ou "muro de camponeses", colonizada por alemães (Führungsvolk) e tendo como servos os eslavos. Reduzir as populações do Leste ao estado absoluto de vassalagem foi, pois, a política dos conquistadores. Foram constituídas tropas especiais de extermínio e eliminação de marxistas, francos-maçons, democratas-burgueses, sindicalistas, comissários políticos e, principalmente, judeus.

As regiões do Leste foram administradas pelos comissários do Reich (Reich-komissaer) com autoridade de vida e morte sobre as populações subjugadas. Seus objetivos, segundo Erich Koch eram claros: "Eu não vim aqui para espalhar a felicidade, vim para ajudar o Führer. (...) Não estamos aqui para trazer manhã, mas para criar as bases de vitória. Somos uma raça de senhores que deve se lembrar sempre que o mais humilde trabalhador alemão tem social e biologicamente mil vezes mais valor que a população daqui".

Assim, as escolas e universidades foram suprimidas, permitindo-se apenas o nível mínimo de escolarização. Professores e intelectuais foram fuzilados em massa. Este imenso império de terror era controlado pelo Reichsführer-SS Heinrich Himmler, que supervisionava pessoalmente a ação dos Einsatzuommandos, especializados no genocídio. Para tanto, foram construídos campos de concentração que passaram a eliminar pelo gás milhões de vítimas.

Em Auschwitz, tornou-se possível assassinar com gás um lote de duas mil pessoas em meia hora, e repetir a operação quatro vezes por dia. As mais bárbaras e atrozes experiências foram feitas com os prisioneiros em melhores condições, tornando-se tristemente célebre o Dr. Mengele. A rede de campos era composta por 15 de grande porte (Dachau, Neungamme, Mathausen, Ravesbruck, Chelmo, Treblinka, Sobibor, Maidaneck, Belzec, Belsen, Auschwitz, Theresinstadt) e 900 menores, estando em sua maior parte situados em terras polonesas. Acredita-se que pereceram nos campos de extermínio mais de 10 milhões de pessoas, das quais 60% eram de origem judaica.

Conforme as necessidades da guerra aumentavam, as SS foram encarregadas, juntamente com a Gestapo, de obterem mão-de-obra para a indústria alemã. Inicialmente, solicitou-se o trabalho voluntário, mas a partir de 1942 instituiu-se o trabalho forçado, adotando-se o sequestro como uma maneira usual. Mais de 3 milhões de operários de ambos os sexos foram trabalhar no Reich, conduzidos como gado em enormes comboios ferroviários.

Pode-se dizer que Hitler ressuscitou a velha política colonialista praticada pelos europeus na Ásia e na África, querendo transformar os eslavos "nos seus negros", "nos seus amarelos". É compreensível, pois, entender a tenacidade com que os russos lutaram.

  
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook 

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