domingo, 26 de julho de 2015

As histórias de Oliver Sacks – por Alessandra C. Martini




Nascido em Londres, Inglaterra, em 1933, Oliver Sacks é um neurologista e professor de neurologia na New York University (NYU). Mais conhecido pelos seus livros, que reúnem histórias de casos da sua longa experiência como médico neurologista, frequentemente Oliver é chamado de “o poeta laureado da medicina”. Seus relatos vão além do simples registro e classificação de distúrbios cerebrais e criam uma identidade neurológica, tornando a investigação científica mais sensível e humana.



Em um de seus livros mais conhecidos, O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Sacks reúne uma coleção de casos de pacientes lidando com as mais diferentes desordens neurológicas mas que em comum aprenderam a criar sua própria identidade para lidar com as adversidades.




O livro é dividido em quatro partes. Em Perdas, encontramos o caso que dá nome ao livro, contando a história do homem que perdeu a capacidade e a noção do que é um rosto, além de outros relatos de pacientes com perda de memória recente.



Excessos trata dos transtornos em que alguma capacidade mental “transborda”, quando há o exagero de alguma percepção, mas o autor mostra que isso pode vir à somar. É o caso de um músico que usa a Síndrome de Tourette a seu favor, sendo considerado muito talentoso. Em Transportes, o foco é em mudanças no funcionamento do cérebro que criam alucinações ou alterações de percepção, capazes de “transportar” os pacientes de volta para a infância ou criar sonhos tão reais em uma doente terminal fazendo-a sentir como se estivesse voltando para casa, e não morrendo.

A quarta e última parte, chamada O mundo dos simples, é, talvez, a mais sensível. Nela, conhecemos pessoas com deficiências intelectuais e capacidades extraordinárias, que possuem um talento incrível para desenhar ou se tornaram verdadeiras bibliotecas musicais. Com muita sensibilidade, Sacks questiona os testes “que só medem deficiências” e o número inimaginável de autistas com dons excepcionais que são negligenciados por ignorância ou descaso.

De maneira fascinante e muito agradável de ler, Sacks nos convida a adentrar o mundo daqueles que enfrentam adversidade por conta de suas alterações neurológicas, nos fazendo imaginar e sentir a vida como eles fazem.

- Consulte obras do autor em pdf, e uma dica,  a biográfica foi lançada:

 ALUCINAÇÕES MUSICAIS (2007) - Autor

 UM ANTROPÓLOGO EM MARTE (1995) - Autor

 COM UMA PERNA SÓ (2003) - Autor

 DIÁRIO DE OAXACA (2012) - Autor

 ENXAQUECA (1996) - Autor

 A ILHA DOS DALTÔNICOS (1997) - Autor

 A MENTE ASSOMBRADA (2013) - Autor

 O OLHAR DA MENTE (2010) - Autor

 SEMPRE EM MOVIMENTO (2015) - Autor

 TEMPO DE DESPERTAR (1997) - Autor

 TIO TUNGSTÊNIO (2002) - Autor

 VENDO VOZES (1998) - Autor

Tempo De Despertar (LEG)


Publicado em 10 de mai de 2013


Williams interpreta o Dr. Malcolm Sayer, um tímido médico pesquisador que usa uma droga experimental para ´despertar´as vítimas catatônicas de uma rara doença. De Niro co-estrela como Leonard, o primeiro paciente a receber o controvertido tratamento. Seu despertar, cheio de alegria e entusiasmo, determina também um renascimento para Sayer, com o paciente descobrindo as coisas simples da vida - em sua indizível doçura - e revelando-as ao introvertido doutor. 

Encorajado pela recuperação impressionante de Leonard, Sayer administra a droga para outros pacientes. A história de sua amizade durante esta emocionante jornada é um testamento da ternura do coração e a força da alma humana. (Título Original - Awakenings) © 1990 Columbia Pictures Industries, Inc. All Rights Reserved.

Data de lançamento
1991

Duração
2:00:39

Idioma
Inglês

Atores

Diretor

Produtores

Escritor

Categoria
Licença
Licença padrão do YouTube


Assista à íntegra da entrevista com Oliver Sacks

Enviado em 8 de dez de 2010
TV Cultura

Oliver Sacks: O que as alucinações revelam sobre nossas mentes

Publicado em 24 de ago de 2012



O neurologista e escritor Oliver Sacks chama nossa atenção para a síndrome de Charles Bonnet -- na qual pessoas visualmente deficientes experimentam alucinações lúcidas. Ele descreve as experiências de seus pacientes com detalhes afetuosos e nos conduz à biologia desse fenômeno pouco divulgado.



Vídeo e legenda no site http://www.ted.com/


Translated into Portuguese, Brazilian by Francisco Dubiela 
Reviewed by Eduardo Schenberg

Translated into Portuguese by Mia Martin 
Reviewed by Wanderley Jesus

O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu - Harmonia


Publicado em 25 de fev de 2015

11/01/2015 - O Harmonia exibe, na íntegra, a ópera do compositor Michael Nyman com montagem realizada pela Fundação Clóvis Salgado. Inspirada no livro “O Homem que confundiu sua mulher com um chapéu”, do neurologista Oliver Sacks, baseia-se em um caso clínico real de um paciente de Sacks, em que a música foi remédio para males vividos por ele.

As músicas do espetáculo são executadas pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, pelos solistas Sylvia Klein, Martin Mühle e Stephen Bronk, sob a regência de Marcelo Ramos.


Facebook - https://www.facebook.com/programaharm...



Neurologista Oliver Sacks, de 'Tempo de Despertar', tem câncer terminal

Professor e autor contou que lhe restam poucos meses de vida.
'Estou de cara com a morte', escreveu britânico no 'New York Times'.



O professor de neurologia da Universidade de Columbia, Oliver Sacks (Foto: Luigi Novi/Wikicommons)

O neurologista britânico Oliver Sacks, autor de livros de sucesso 'Tempo de Despertar' e 'O homem que confundiu sua mulher com um chapéu', informou nesta quinta-feira (19) que foi diagnosticado com um câncer terminal.
Sacks escreveu em 1973 seu livro "Tempo de Despertar", um relato autobiográfico onde conta sua experiência com pacientes que sofrem de uma condição chamada encefalite letárgica e como saíram, pelo menos brevemente, de seus estados catatônicos com a ajuda de um remédio.
A história foi adaptada em um filme homônimo em 1990, protagonizado por Robert Williams e Robert DeNiro e que teve três indicações ao Oscar.
O cientista de 81 anos revelou sua condição em um emotivo e equilibrado artigo publicado na seção de opinião do jornal "The New York Times".
"Há um mês pensava que estava bem de saúde, inclusive muito bem", escreveu. "Mas a minha sorte acabou. Umas semanas atrás soube que tenho várias metástases no fígado".
No texto, contou que havia sido diagnosticado e tratado há nove anos por um raro melanoma que o deixou cego de um dos olhos, mas que recentemente tornou-se parte do "desafortunado 2%" dos pacientes nos quais esse tipo particular de câncer se expande.
Sinto-me grato por ter tido nove anos de boa saúde e produtividade desde o diagnóstico original, mas agora estou de cara com a morte. Depende de mim escolher como quero viver os meses que me restam. Tenho que viver da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder"
Oliver Sacks
"Sinto-me grato por ter tido nove anos de boa saúde e produtividade desde o diagnóstico original, mas agora estou de cara com a morte", escreveu.
"Agora depende de mim escolher como quero viver os meses que me restam. Tenho que viver da maneira mais rica, profunda e produtiva que puder".
Este ano, o "New York Times" descreveu Sacks como "o aclamado poeta da medicina moderna". Seus livros foram traduzidos para 25 idiomas.
Em "O homem que confundiu sua mulher com um chapéu", Sacks contou histórias de casos de várias condições neurológicas raras. Em outros livros explorou a surdez, o daltonismo e as alucinações.

"Escrevi, viajei, pensei e escrevi. Eu me vinculei com o especial mundo dos leitores e dos escritores", escreveu em seu ensaio.
Também disse que havia publicado cinco livros desde que completou 65 anos e que terminou uma autobiografia que será publicada nesta primavera.
"Tenho outros livros quase terminados", adiantou no texto disponível no site do "NYT".
Também disse que, durante o tempo que ficar na Terra, não verá notícias nem prestará mais atenção nas polêmicas politícas ou no calendário climático.
"Isto não é indiferença, mas desapego. O Oriente Médio continua importando muito para mim, o aquecimento, a crescente desigualdades, mas estes já não são mais meus problemas. Pertencem ao futuro".

Adeus à vida: Oliver Sacks e outras 6 despedidas belas e inspiradoras

Ao anunciar que está com câncer em estágio avançado, o neurologista e escritor mantém uma tradição de ensinar muito sobre a vida. Antes dele, outros intelectuais fizeram o mesmo

RUAN DE SOUSA GABRIEL 20/02/2015 - 17h37 - Atualizado 20/02/2015 20h39



Oliver Sacks: "Não posso fingir que não tenho medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão" (Foto: Chris McGrath/Getty Images)


Oliver Sacks está se despedindo. Em uma carta publicada na quinta-feira, dia 19, no jornal americano The New York Times, o neurologista e escritor inglês anunciou que está com câncer de fígado em estágio avançado. Sacks conta que, aos 81 anos, ainda é capaz de nadar mais de um quilômetro por dia, mas foi diagnosticado com um câncer incurável que já ocupa um terço de seu fígado. Há nove anos, ele havia sido diagnosticado com um melanoma ocular. O tratamento removeu o tumor, mas o deixou cego de um olho. Metástases (disseminação do câncer por outros órgãos) são raras em casos como esse, mas Sachs não teve sorte. “Eu estou entre os 2% desafortunados”, escreveu. “Não posso fingir que não tenho medo. Mas meu sentimento predominante é a gratidão”, escreveu Sacks, em sua comovente despedida. 
O neurologista afirma que pretende viver os meses de que lhe restam da forma mais intensa, rica e produtiva possível. E deu detalhes: "Sinto-me intensamente vivo, e quero e espero, no tempo que resta, aprofundar minhas amizades, dizer adeus aos que amo, escrever mais, viajar, se eu tiver forças, alcançar novos níveis de compreensão e entendimento".
Autor de vários livros, como Tempo de despertar O homem que confundiu sua mulher com um chapéu, Sacks vê na vida belezas bem de acordo com o jeito de pensar de um neurologista, estudioso de temas como percepção e consciência: “Acima de tudo, fui um ser consciente, um animal pensante, neste belo planeta, e só isso já foi um enorme privilégio e uma aventura”. A proximidade da morte já levou outras mentes privilegiadas a refletir sobre a vida. Leia sobre alguns dos que transformaram essa reflexão em palavras.
David Hume  (Foto:  Culture Club/Getty Images)

David Hume (1711-1776)
O filósofo escocês e suas reflexões sobre a vida e a morte foram citados na carta de despedida se Sacks. Aos 65 anos, Hume descobriu-se vítima de uma doença e mortal e, em um único dia de abril – meses antes de morrer –, escreveu Vida de David Hume escrita por ele mesmo, uma curta autobiografia. “É difícil estar mais desapegado à vida do que eu estou no presente”, afirmou. “A despeito do imenso declínio de mim mesmo, nunca sofri um momento de abatimento do meu ânimo; por conseguinte, tivesse de escolher um período preferido de minha vida para viver novamente, eu seria tentado a escolher este mesmo”.
William Soutar  (Foto: Divulgação)

William Soutar (1898-1943)
O poeta escocês William Soutar abandonou os estudos em 1916, em plena Primeira Guerra Mundial, para ingressar na marinha britânica. Uma intoxicação alimentar o forçou a abandonar o barco três anos depois. As décadas seguintes da vida de Soutar formam marcadas por inúmeras doenças, até que ele foi diagnosticado com tuberculose em julho 1943. Até outubro, quando morreu, Soutar se dedicou a escrever um diário sobre seus últimos meses de vida. Diário de um moribundo foi publicado postumamente. “Eu me pergunto se os mortais se dão conta que a enfermidade torna maravilhosas as ações mais ordinárias”.
Tony Judt (Foto: AP Photo)


Tony Judt (1948-2010)
Em 2008, o célebre historiador britânico Tony Judt foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neuromuscular degenerativa que, em pouco tempo, resultou na paralisia de seu corpo. Em janeiro de 2010, sete meses antes de morrer, Judt publicou um artigo intitulado “Noite”, na revista New York Review of Books, em que descrevia “um aprisionamento progressivo sem liberdade condicional”, como chamou a deterioração de seu corpo causada pela doença. “Em comparação com quase todas as outras doenças graves ou mortais, ficamos à vontade para contemplar tranquilamente e com mínimo desconforto o avanço catastrófico de nossa própria deterioração”.
Christopher Hitchens (Foto: David Levenson/Getty Images)

Christopher Hitchens (1949-2011)
Nos seus últimos 18 meses de vida, o escritor e jornalista britânico Christopher Hitchens habitou uma terra que ele batizou de “Tumorlândia”. Diagnosticado com um câncer no esôfago, Hitchens publicou sete artigos na revista Vanity Fair sobre a experiência de estar morrendo. Os textos versavam sobre o progresso da doença, a quimioterapia e as causas que o escritor defendia, como o combate ferrenho à religião. Os artigos foram publicados no livro póstumo Últimas palavras e narram a maneira lúcida como Hitchens viu a morte chegar. “É possível se acostumar ao espectro da morte como um velho entediado e letal, espreitando no corredor no final da noite, esperando uma oportunidade de me abordar. E não me oponho a ele segurar meu casaco daquele modo formal, como que me lembrando que é hora de seguir caminho.”
O escritor Rubem Alves (Foto: Instituto Rubem Alves/Divulgação)

Rubem Alves (1933-2014)
A morte e o que acontece depois que o corpo baixa à terra eram temas frequentes nas crônicas do escritor Rubem Alves. No velório de Alves, foi lida uma carta escrita por ele em 2005, com instruções para seu ofício fúnebre e reflexões sobre a vida e a morte. “Não tenho medo da morte, embora tenha medo de morrer. O morrer pode ser doloroso e humilhante, mas à morte, eis uma pergunta. Voltarei para o lugar onde estive sempre, antes de nascer, antes do Big Bang? Durante esses bilhões de anos, não sofri e não fiquei aflito para o que tempo passasse. Voltarei para lá até nascer de novo”, escreveu. Alves pediu que, na cerimônia, fossem declamados poemas de autores que cantaram a morte, como Manuel Bandeira (1886-1968), tuberculoso que esperou a vida toda pela “indesejada das gentes”, que custou a chegar.
Nick Magnotti (1986-2014)
Em 2011, aos 25 anos, o americano Nick Magnotti descobriu que tinha câncer no apêndice. Nem uma cirurgia ou as sessões de quimioterapia foram capazes de impedir o avanço da doença. Ele decidiu interromper o tratamento para viver seus últimos dias sem o mal-estar causado pelos remédios. Nick e a esposa sabiam que a doença era terminal, mas, ainda assim, decidiram que uma criança poderia alegrar a casa. Austyn, a filha do casal, nasceu em 26 de março de 2013. Ciente de que não sobreviveria para ver Austyn crescer, Nick gravou um vídeo para se despedir da filha. “Eu adoraria de participar da vida dela todos os dias, mas cada dia que o Senhor me dá para passar com ela já é a maior de todas as bênçãos”, diz Nick, que morreu em 7 de janeiro de 2014.
Publicado em 20 de mai de 2014

Depois de ser diagnosticado com câncer terminal na apêndice, Nick e sua esposa, Alyssa, resolveram ter uma filha. Depois de três anos de luta contra a doença (17 sessões de quimioterapia, várias operações) Nick morreu, aos 24 anos, no último dia 14 de janeiro/14. 

Sabendo que não teria muito tempo para se despedir o pai resolveu gravar um vídeo para a filha de apenas 7 meses: "Todos nós morremos, mas me sinto abençoado por poder me despedir e dizer adeus. Eu sei que Deus cuidará de você quando eu me for". 


 
Esses camaradas são os maiores propagadores do comunismo no mundo (aqui)

Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões Me Adicione no Facebook

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