sexta-feira, 11 de maio de 2012

A PELÉ O QUE É DE PELÉ: FINALMENTE, UM MUSEU SÓ PARA ELE — O MAIOR JOGADOR DE FUTEBOL DA HISTÓRIA. E CONFIRA AQUI TODOS OS NÚMEROS OFICIAIS DE SUA CARREIRA
06/05/2012 às 15:00 \ Tema Livre
CASARÃO DO VALONGO A construção do século XIX, em Santos, abrigará o Museu Pelé, a um custo total de 23 milhões de reais pela reforma e 8,5 milhões pela instalação (Foto: Claudio Gatti)
UM MUSEU INTEIRO SÓ PARA O "REI" -- O Casarão do Valongo, construção do século XIX, em Santos, abrigará o Museu Pelé, a um custo total de 23 milhões de reais pela reforma e 8,5 milhões pela instalação (Foto: Claudio Gatti). Se o Brasil fosse sério e decente ele construiria sempre homenagens à inteligência.

(Reportagem do redator-chefe Fábio Altman publicada na edição impressa de VEJA)

A PELÉ O QUE É DE PELÉ
Levemente incomodado com a profusão de candidatos a rei que vagam por aí, ele mesmo encomendou um levantamento estatístico – o definitivo – em torno de seus títulos e gols. Será difícil mesmo alcançá-lo

“Até o Edson, que conhece o Pelé desde criança, ficou impressionado com os números.” A indefectível, já clássica e folclórica terceira pessoa do singular é usada pelo Rei do futebol para justificar o espanto com um levantamento estatístico encomendado por ele mesmo para acabar com a dúvida seminal (quem é o maior jogador da história?) – como se fosse necessário dirimi-la.

Pelé pediu a Rogério Lopes Zilli, o estudioso que o ajuda na montagem do acervo de um museu que abrigará sua coleção de peças pessoais, em Santos (SP), que enumerasse todos os títulos e gols de sua carreira.

É, a partir de agora, a contagem oficial, reunida a partir de súmulas, filmes, entrevistas e recortes de jornal. É Pelé por Pelé, em um levantamento entregue com exclusividade a VEJA.
São 61 títulos oficiais, aí incluídos o tri pela seleção e o bi mundial pelo Santos, além de 25 outros troféus em torneios no Brasil e no exterior.

                                           Cinema com Pelé

São 1.282 gols – “nem 1 281, nem 1 283, como costuma aparecer”, ressalta – em 1.366 partidas oficiais. A média é de 0,93 gol por jogo. Para efeitos de comparação, Messi tinha até a semana passada 267 gols em 398 partidas (média de 0,67). Neymar, prestes a chegar ao centésimo gol santista, marcou 117 vezes em 204 jogos, contando os da seleção (média de 0,57). Maradona fez 311 gols em 587 partidas (média de 0,53).

Não é legal porque foi o Pelé, não. Ali era um brasileiro." (Pelé teve 178 votos. Owens, 169. Entre os futebolistas, o segundo foi Di Stéfano, com apenas 12 votos.)”]


pele-trofeu



Diz Edson: “Pedi essa investigação, a primeira que realmente fiz, e a mais completa, para ver se param com essa história de sempre dizerem que nasceu um novo Pelé. O Maradona, o Messi e agora o Neymar são todos grandes jogadores, mas o que o Pelé fez não foi qualquer coisa”.

É curioso que ele próprio se preocupe em reunir números para demonstrar seu tamanho histórico. Na boca de qualquer outro atleta soaria arrogante – vindo dele é quase ingênuo, serve apenas para alimentar ainda mais a fogueira de discussões em torno da mais importante das coisas sem importância, o futebol.

Essa estatística, segundo Pelé, é a cereja a colorir o bolo do museu com 2.300 peças que será inaugurado em Santos, no fim do ano, no Casarão do Valongo, construção do século XIX, no centro da cidade, tombado pelo patrimônio histórico. A reforma custou 23 milhões de reais. A instalação da mostra exigirá outros 8,5 milhões.

“Não há, em todo o mundo, nenhum museu dedicado a um único esportista”, diz José Eduardo Moura, diretor do projeto. Serão fotos, camisas, bolas, taças e tudo quanto é tipo de lembrança, com destaque para a inseparável caixa de engraxate que Pelé diz ter usado quando tinha 15 anos, entregue de presente pela mãe – junto com os primeiros 400 réis amealhados ao lustrar sapatos alheios – quando o menino, já campeão do mundo, morava em Santos, chegado de Bauru.

Falta algo? “Sim”, diz Pelé. A devida homenagem ao pai, já falecido, por um recorde que o camisa 10 lamenta nunca ter conseguido bater. “O Dondinho fez cinco gols de cabeça em um único jogo, nos anos 40. O Pelé não passou de dois.” É marca que tira o sono de Edson – mas que não encolhe a súmula oficial de sua espetacular carreira, agora definitivamente compilada para quem quiser cotejá-la com a de outros que andam ganhando títulos e marcando muitos gols, sonhando um dia ser Pelé.


pelé taça


A RÉPLICA DA JULES RIMET -- "Essa ninguém tem, porque a da CBF foi roubada e derretida. A deles era de ouro bruto, a minha é só folheada. Mas o peso é o mesmo. Ganhei da FIFA e do governo mexicano logo depois da vitória contra a Itália, no tri. Nenhum outro jogador recebeu, não. Só o Pelé. Foi uma homenagem e tanto."


Pelé escolheu dois troféus de predileção na coleção de 2.300 itens que serão expostos em Santos a partir do fim do ano. Ele próprio explica a importância dos objetos – às vezes na primeira pessoa, muitas vezes na inseparável terceira pessoa, nas fotos acima.

A SÚMULA DEFINITIVA DO REI
TÍTULOS – 61 AO TODO


Títulos pelo Santos




pelé títulos seleção

TODOS OS GOLS DO MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA


gols DE PELÉ


Para que não sejamos injusto aqui está a "mão do débil" que disse que era de Deus no seu jogo sujo:



Maradona by Kusturica é um documentário pelo sérvio cineasta Emir Kusturica, baseado na vida de Diego Armando Maradona. Do céu ao inferno herói e vilão dos nossos tempos, um Deus do futebol, que viu seu trono caiu na lama por causa da drogas. 

A vida de Emir Kusturica filme que leva para a tela grande da mão de seu protagonista. 'O menino de ouro "abre as portas de sua casa e coração para bósnio diretor em um documentário que faz o retrato mais completo e preciso da vida da estrela argentina. Sem tabus, sem medo de cavar um passado que o levou de cima para um inferno do qual levou anos para sair. 

Kusturica Maradona viaja com sua vida, desde sua infância até se tornar uma estrela brilhante. Diego Armando Maradona, um homem que não deixa ninguém indiferente, um ídolo das massas, que conseguiu superar sua própria miséria para voltar ao que era , um Deus que é sincera em um documentário que mostra um desconhecido maradona.


A grande controvérsia está levantando este vídeo que está circulando na Internet. Nas fotos você pode ver que no meio da comemoração pela vitória, Maradona consumir em vez de um homem camisa azul convidou-o em um saco. 

Segundo a imprensa internacional, o treinador actual Chefe de Equipa Nacional ter usado cocaína uma vez ter jogado o vs jogo americano. O resto do mundo, anos atrás, no meio do chefe do jogo. Diego Maradona está atualmente conduzindo um escândalo mundial por suas declarações após o jogo que jogaram na semana passada, Argentina e Uruguai, onde a equipe se classificou para a albi celeste África do Sul 2010. 

Na conferência de imprensa, ex-jogador se desentendeu com esportes presentes jornalistas e disse rude e ultrajante, que pode custar uma suspensão de 5 jogos e multado em 25.000 dólares pela FIFA. atrás dois dias, Maradona fez novamente as manchetes por falar mal de Carlos Bilardo e acusá-lo de querer armadilha Julio Grondona, presidente da Associação Argentina de Futebol, para ficar com a AFA. Agora, o mundo trouxeram à tona um polêmico vídeo e da imprensa internacional garante que as imagens que eu podia ver onde seria Maradona cheirando cocaína. 

Neste vídeo você pode ver uma nova marca jovem Diego Armando Maradona, que jogou um amistoso contra a América.Resto do Mundo. No minuto 1:02 e 1:33 você pode ver um homem com uma camisola azul no campo, que estaria dando algo em um saco de Maradona para tomar por via oral ou nasal uma substância estranha. Embora ninguém realmente sabe o saco que contém, como muitas pessoas dizem que teria sido drogas, especificamente cocaína. Mas o mais estranho é que você só ver que este homem iria apresentar apenas Diego e não o resto.

O processo em que Pelé reconheceu a filha em juízo correu em segredo de Justiça, portanto não se pode saber NADA a respeito do que ocorreu entre eles. Os loucos dizem que o câncer da filha dele o culpado foi Pelé - O do Lula é do povo brasileiro. 



E a reportagem de VEJA e sobre o JOGADOR DE FUTEBOL Pelé, o maior de todos os tempos. 


Nada sobre sua vida pessoal. 


O Brasileiro é mesquinho e cheio de ódio pelo mérito e inteligência e sendo assim por alguém e por algo que verdadeiramente não conhece não podendo portanto usar o cérebro para perceber a diferença gritante que há entre os feitos de uma pessoa como atleta e sua vida pessoal. 



Não entendo, porque há brasileiros que não vêem o óbvio: Que Pelé é o rei do futebol e ponto final. Sempre ouço comentários como “Pelé foi o melhor da época dele”, “Garrincha foi melhor do que Pelé”, “Na época de Pelé o jogo era mais fácil” etc. Eu já ouvi o grande Dr. Osmar de Oliveira dizer que hoje, dados o avanço da medicina e o avanço da ciência, Pelé passaria de 1500 gols. E naturalmente, nem precisa dizer nada dos pífios 311 gols de Maradona e de sua tatuagem do Chê Guevara…Messi aos 24 anos quantos títulos tem pela seleção argentina? Pelé era bi! E quantos anos tinha o Pelé quando fez o milésimo? Se não estou em erro 27. Messi chegará lá? Tem 3 anos para marcar 733 e ainda ficarão faltando muitos títulos que já os deixou de conquistar… mas eu acho que se juntar Maradona e Messi dá meio Pelé. Senão vejamos: 311+267=578 para mil faltam 422. Messi terá marcado esses gols em 7 anos, faltam 3 para 27… É o fato de se dizer: Cresça pois, e apareça! Temos por aqui mesmo gente bem melhor que esses dois e quantos mais.

  
A TAMPA É O PENICO - MARADONA É O EXCREMENTO


É o que têm sido escrito há tempos — e, para meu espanto, o que tem de gente que xinga o Pelé, que diz que no tempo dele o futebol era moleza, que os adversários eram fracos… 

Fracos??? O Real Madrid, o Manchester United, o Milan (a quem o Santos venceu numa final do Mundial de Clubes), a seleção da Itália, a seleção da Alemanha, a seleção da Inglaterra, os grandes times de São Paulo e do Rio, com dezenas de grandes craques ao longo dos anos… 


O Messi é ótimo, mas chegará aos 37 anos — idade em que Pelé, ainda jogando uma bar-ba-ri-da-de, encerrou a carreira no New York Cosmos — sem ter conseguido a metade do que Pelé obteve. 

Eu simplesmente me recuso a chamar o Pelé de JOGADOR DE FUTEBOL; Messi, Neymar, Zico, Falcão, etc… Estes foram… Pelé, assim como o Super Homem, veio de um outro Planeta. Veio com poderes e talentos especiais; ao entrar na atmosfera terrestre, o Rei foi dotado de talentos futebolísticos INSUPERÁVEIS; Teve talentos especiais nos dois pés (fazia gols com os dois), na cabeça (fazia muitos gols de cabeça), sempre antevia a jogada que ia fazer, o que o tornava superior a todos os outros.





Tinha um carisma que até hoje ninguém igualou, onde ele estava presidentes, reis, ministros passavam a estar em segundo plano; ofuscou até o Papa!!! Guerras foram interrompidas para que Ele se apresentasse. É ridículo, profano, alguém se atrever a colocar em dúvida sua majestade; INFELIZMENTE, ao contrário do Super Homem, ele não foi dotado da juventude eterna, o que permitiria que ele jogasse sempre. QUE PENA!!! 


Faltam outros titulos que muitos ainda não computaram!!! Ex: Ele conseguiu em toda sua carreira ainda ser integro!!! Sua imagem foi perfeita!! Nunca entrou em escandalos tipo droga, mais ainda, sempre foi imparcial sobre racismo, mais ainda, seu fisico é digno de um grande atleta… veja idade dele!!! É sim, sem dúvida nenhuma, merecedor de ser o atleta de todos os séculos isso sim!!!

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22/02/2012 às 16:00 \ NúmerosTema Livre
Números são números: compare alguns de Neymar, Messi e… Pelé

Messi comemora gol contra o Napoli, no ano passado: como não era atacante na era pré-Guardiola (antes de 2008), precisou de cinco anos de carreira para chegar aos 100 gols, aos 22 anos, em 2009.

Amigos, a conta foi feita em recente edição de VEJA, na seção “Números”.
O maior jogador de futebol do mundo, o argentino Messi, do Barcelona, atingiu seu centésimo gol — marco importante na carreira de qualquer craque — depois de cinco anos como profissional, em 2009, quando tinha 22 anos. Há que se fazer a ressalva de que Messi só passou a jogar mais na frente, e se tornou um artilheiro extraordinário, depois que o treinador Pep Guardiola assumiu a direção do Barça, em 2008.

Neymar comemora um de seus dois gols na partida em que a seleção brasileira venceu a Escócia por 2 a 0, em Londres, em março do ano passado (Foto: Placar)

O maior jogador de futebol do Brasil, o garoto Neymar, do Santos, precisou de quase três anos (35 meses) para comemora o gol número 100, o que aconteceu no dia 5 passado, na partida em que seu time venceu o Palmeiras por 2 a 1, pelo Campeonato Paulista. Por coincidência, era o dia em que completava 20 anos.

Enquanto Tostão e Jairzinho correm para comemorar seu gol, Pelé desfere o imortal soco no ar na estreia da Copa de 1970, no México, contra a então Checoslováquia: com 17 anos, ele já havia feito 100 gols (Foto: Lemyr Martins)

O maior jogador de futebol da história, Pelé, emplacou seu centésimo balançar das redes adversárias depois de 22 meses de carreira, em 1957, em partida em que seu clube, o Santos, derrotou a Ponte Preta por 4 a 1. Ele tinha… 17 anos.
02/06/2012 às 14:00 \ Tema Livre
Números para encerrar o assunto: projeção da Globo Esporte mostra que Messi precisa jogar até os 43 anos para chegar ao milésimo gol. Pelé fez 1.000 com 29 anos
Enquanto Tostão e Jairzinho correm para comemorar seu golo, o imortal soco no ar na estreia da Copa de 1970, no México, contra a então Checoslováquia: com 17 anos, ele já havia feito 100 gols (Foto: Lemyr Martins)
Enquanto Tostão e Jairzinho correm para comemorar seu gol, o imortal soco no ar na estreia da Copa de 1970, no México, contra a então Checoslováquia: com 17 anos, ele já havia feito 100 gols (Foto: Lemyr Martins)
(Publicado em GloboEsporte.com, em 1 de junho de 2012)

MESSI PRECISA CONSOLIDAR MÉDIA ‘SURREAL’ PARA IGUALAR MILÉSIMO DE PELÉ
Se quiser alcançar marca do “Rei”, jogador do Barcelona terá que manter sua melhor forma até os 34 anos ou média de gols até completar os 43
As épocas são distintas. O futebol e os craques também. Pelé foi o maior jogador do século XX. Lionel Messi, pelo menos por enquanto, é candidato a melhor do século XXI.
Polêmicas à parte, essa é a impressão que tem pairado no ar desde que o argentino, de 24 anos, se tornou a maior referência do futebol na atualidade ao ser eleito pela terceira vez consecutiva o melhor do mundo.
Após o feito, as comparações entre os dois astros estão cada vez mais frequentes. Mas afinal, Messi poderá romper a barreira do milésimo e, quem sabe, alcançar o recorde de Pelé: 1.281 gols? Uma projeção feita pelo GloboEsporte.com responde à pergunta e mostra quanto tempo o camisa 10 do Barcelona vai precisar para atingir os feitos imortalizados pelo ídolo santista entre 1956 e 1977.
Os números de Pelé foram reconhecidos oficialmente pela FIFA
GloboEsporte.com estabeleceu como critério inicial de comparação a idade atual do argentino: 24 anos e 11 meses. Além disso, também foi considerada a quantidade de gols marcados por ambos os jogadores em partidas oficiais e não oficiais por seus respectivos clubes e seleções para tentar nivelar a disputa e fazer a projeção do tempo que Messi vai precisar para alcançar os números de Pelé (reconhecidos oficialmente pela FIFA).
Contra o jogador do Barcelona, no entanto, pesam os fatos de que Pelé jogava mais vezes por ano – vários amistosos – e incluiu em sua contagem os tentos anotados pela seleção do Exército. Mas nada que apague os méritos do Rei do Futebol. Afinal, em 1959, 1961 e 1965, o maior jogador da história do Santos rompeu a barreira dos 100 gols em cada uma dessas temporadas.

Guardiola e Messi na comemoração do título do Barcelona na Copa do Rei (Foto: AP)
Messi com o técnico Guardiola na comemoração do título do Barcelona na Copa do Rei 2012 (Foto: AP)
Desde que Pep Guardiola se tornou o técnico do Barcelona em 2008/2009 – mesmo período em que Messi passou a assumir a condição de protagonista da equipe – foram 223 gols em 231 jogos pelo clube somando os amistosos. E o alto nível é mantido há quase quatro temporadas.
Na carreira, contando jogos oficiais e não oficiais pela seleção argentina (Sub-20, Sub-23 e principal) e pelo Barça, o camisa 10 soma um total de 307 tentos e vive atualmente a sua melhor fase artilheira. Em 2011/2012, “La Pulga” fez 80 gols em 68 oportunidades. A média é de 1,17 por confronto.
O recorde de Pelé, porém, data de 1959. Foram 126 gols em 103 duelos – média de 1,23. Lionel Messi é sinônimo de espetáculo. São raríssimas as vezes em que ele entra em campo e não dá show. Mesmo que, ainda assim, não consiga repetir com a seleção de seu país as atuações que tem com a camisa blaugrana.
Antes do surgimento de Messi e de sua consolidação como craque, a discussão sobre quem era o melhor jogador de todos os tempos estava quase sempre restrita a Pelé e Maradona. Para muitos, Pelé é rei. Para outros, Maradona é Deus. Mas atualmente “La Pulga” foi incluído nestas categorias.
A tietagem da imprensa mundial sobre os constantes recordes assinalados pelo jogador chama a atenção. Os números parecem não resistir a tanta qualidade e seu futebol fala por si. Em março deste ano, Messi se tornou o maior artilheiro da história do Barcelona em partidas oficiais – tem 253 –, superando os 232 gols de César Rodríguez, ex-atleta do clube catalão entre as décadas de 40 e 50.
Pela primeira vez na história, surge um jogador cujos feitos tornam possível uma comparação com Pelé.

Messi comemora gol do Barcelona contra o Málaga, pelo Campeonato Espanhol (Foto: Ag. AFP)
Messi comemora gol do Barcelona contra o Málaga, pelo Campeonato Espanhol (Foto: Ag. AFP)

Com a mesma idade de Messi, Pelé era bicampeão mundial e tinha 756 gols, contra 307 do argentino
Aos 24 anos e 11 meses, o jogador do clube catalão, no entanto, não chegou a um resultado tão expressivo quanto o do Rei. Com esta idade, Pelé já era bicampeão mundial e tinha mais conquistas a seu favor. O ídolo santista colecionava 37 títulos, 7 a mais do que o argentino.
Além disso, o número de gols era bem superior: 756 contra 307 de Messi.
Considerado pela FIFA o melhor jogador de futebol do século, Pelé deslumbrou o mundo com sua técnica, visão de jogo e faro de gol: marcou 1.281 em 1.365 partidas – 1.091 pelo Santos, 95 pela Seleção Brasileira, 65 pelo Cosmos (EUA), 15 pelas Forças Armadas, nove pela seleção paulista e seis num combinado Santos/Vasco. Outro ponto interessante é o fato de que Pelé com 20 anos – em apenas quatro anos como profissional – já somava o mesmo número de gols que Messi tem atualmente com 24.

Pelé, quando vestiu a camisa do Santos pela primeira vez (Foto: Reprodução/Twitter)
Pelé, quando vestiu a camisa do Santos pela primeira vez (Foto: Reprodução/Twitter)

Aos 29 anos, o “Rei do futebol” anotou seu gol de número 1.000 contra o Vasco no dia 19 de novembro de 1969, no Maracanã . Se “La Pulga” estipular como meta o milésimo, no caso de ter a mesma idade de Pelé para estabelecer o registro, terá que marcar 173 vezes por temporada, mais de dois por partida, nos próximos quatro anos – ainda faltam 693. Algo aparentemente impossível para um atleta atualmente.
Então, considerando esta temporada como seu auge, o jogador precisará manter sua melhor forma – 80 gols – durante oito temporadas e fazer mais 53 na nona para alcançar os quatro dígitos. Ou seja, terá 34 anos, cinco a mais do que Pelé necessitou.
CLIQUE NAS TABELAS PARA VER EM TAMANHO MAIOR
PELÉ X MESSI O que o Messi precisa fazer para chegar ao gol 1000
PELÉ X MESSI -- O que Messi precisa fazer para chegar ao gol 1.000 - com a média de gols que tem na carreira (Clique na imagem para ver em tamanho maior)

Contra Messi, no entanto, pesam os fatos de que ele dificilmente conseguirá manter seu atual desempenho por muito tempo e a quantidade de gols marcados por ele tende a cair com o passar dos anos. Fato naturalmente compreensível para o grau de exigência física no futebol moderno.
Logo, projetando uma queda de rendimento e utilizando a média de gols do jogador por temporada na carreira: 38 gols, Messi precisará jogar até os 43 anos para alcançar o milésimo.

PELÉ X MESSI O que o Messi precisa fazer para chegar ao gol 1000 - (Clique na imagem para ver em tamanho maior)
PELÉ X MESSI O que o Messi precisa fazer para chegar ao gol 1000 - Com e média de gols de 2011/2012 (Clique na imagem para ver em tamanho maior)

Para alcançar o recorde máximo de 1.281 gols, a situação é ainda mais complicada. O jogador precisará anotar 81 tentos em cada uma das próximas 12 temporadas e, portanto, jogar em alto nível até os 37, mesma idade com que o “Rei” pendurou as chuteiras, e sem lesões graves.

PELÉ X MESSI O que o Messi precisa fazer para chegar ao gol 1000 - Com e média de gols de 2011/2012 (Clique na imagem para ver em tamanho maior)
PELÉ X MESSI O que o Messi precisa fazer para chegar ao gol 1000 - Com e média de gols de 2011/2012 (Clique na imagem para ver em tamanho maior)

Em 21 anos de carreira, o ex-atleta do Santos conquistou 60 títulos. Entre os mais importantes estão três Copas do Mundo, dois Mundiais de Clubes da FIFA, duas Libertadores, cinco Taças Brasil e dez Campeonatos Paulistas.
Desses 60, 48 foram defendendo o clube da Baixada Santista. O que equivale a 52,17% de um total de 92 canecos levantados pelo Peixe ao longo de seu centenário.
Para Messi alcançar o número de troféus, a conta é mais fácil: basta erguer três títulos por temporada durante uma década. No entanto, terá o difícil desafio de ser campeão do mundo com a Argentina por três vezes consecutivas para igualar Pelé em grau de importância.


A primeira crônica de Nelson Rodrigues sobre Pelé

ACHEI UMA CRÔNICA DE NELSON RODRIGUES SOBRE PELÉ, DATADA DE 25 DE MARÇO DE 1958, NUM SANTOS 5 X 3 AMÉRICA, NO MARACANÃ.
O JOGO ERA VÁLIDO PELO TORNEIO RIO-SÃO PAULO. TUDO INDICA QUE É A PRIMEIRA CRÔNICA DE NELSON SOBRE PELÉ. UMA RARIDADE, PORTANTO. ACOMPANHE:


Depois do jogo América x Santos, seria uma crime não fazer de Pelé o meu personagem da semana. Grande figura, que o meu confrade Albert Laurence chama de “o Domingos da Guia do ataque”. Examino a ficha de Pelé e tomo um susto: — dezessete anos! Há certas idades que são aberrantes, inverossímeis. Uma delas é a de Pelé. Eu, com mais de quarenta, custo a crer que alguém possa ter dezessete anos, jamais. Pois bem: — verdadeiro garoto, o meu personagem anda em campo com uma dessas autoridades irresistíveis e fatais. Dir-se-ia um rei, não sei se Lear, se imperador Jones, se etíope. Racionalmente perfeito, do seu peito parecem pender mantos invisíveis. Em suma: — Ponham-no em qualquer rancho e sua majestade dinástica há de ofuscar toda a corte em derredor.
O que nós chamamos de realeza é, acima de todo, um estado de alma. E Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável: — a de se sentir rei, da cabeça aos pés. Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem enxota, quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. E o meu personagem tem uma tal sensação de superioridade que não faz cerimônias. Já lhe perguntaram: — “Quem é o maior meia do mundo?”. Ele respondeu, com a ênfase das certeza eternas: — “Eu”. Insistiram: — “Qual é o maior ponta do mundo?”. E Pelé: — “Eu”. Em outro qualquer, esse desplante faria rir ou sorrir. Mas o fabuloso craque põe no que diz uma tal carga de convicção, que ninguém reage e todos passam a admitir que ele seja, realmente, o maior de todas as posições. Nas pontas, nas meias e no centro, há de ser o mesmo, isto é, o incomparável Pelé.
Vejam o que ele fez, outro dia, no já referido América x Santos. Enfiou, e quase sempre pelo esforço pessoal, quatro gols em Pompéia. Sozinho, liquidou a partida, liquidou o América, monopolizou o placar. Ao meu lado, um americano doente estrebuchava: — “Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!”. De certa feita, foi até desmoralizante. Ainda no primeiro tempo, ele recebe o couro no meio do campo. Outro qualquer teria despachado. Pelé, não. Olha para frente e o caminho até o gol está entupido de adversários. Mas o homem resolve fazer tudo sozinho. Dribla o primeiro e o segundo. Vem-lhe ao encalço, ferozmente, o terceiro, que Pelé corta sensacionalmente. Numa palavra: — sem passar a ninguém e sem ajuda de ninguém, ele promoveu a destruição minuciosa e sádica da defesa rubra. Até que chegou um momento em que não havia mais ninguém para driblar. Não existia uma defesa. Ou por outra: — a defesa estava indefesa. E, então, livre na área inimiga, Pelé achou que era demais driblar Pompéia e encaçapou de maneira genial e inapelável.
Ora, para fazer um gol assim não basta apenas o simples e puro futebol. É preciso algo mais, ou seja, essa plenitude de confiança, certeza, de otimismo, que faz de Pelé o craque imbatível. Quero crer que a sua maior virtude é, justamente, a imodéstia absoluta. Põe-se por cima de tudo e de todos. E acaba intimidando a própria bola, que vem aos seus pés com uma lambida docilidade de cadelinha. Hoje, até uma cambaxirra sabe que Pelé é imprescindível em qualquer escrete. Na Suécia, ele não tremerá de ninguém. Há de olhar os húngaros, os ingleses, os russos de alto a baixo. Não se inferiorizará diante de ninguém. E é dessa atitude viril e mesmo insolente que precisamos. Sim, amigos: — aposto minha cabeça como Pelé vai achar todos os nossos adversários uns pernas-de-pau.

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Osvaldo Aires Bade Comentários Bem Roubados na "Socialização" - Estou entre os 80 milhões  Me Adicione no Facebook 


Maravilhosa a visão que Nelson Rodrigues já tinha sobre Pelé antes mesmo da Copa do Mundo na Suécia, falar depois era fácil, mas faze-lo como foi é que mostra o que Nelson viu em Pelé, antes de tudo!
Esta crônica têm que ser guardada para o sempre, e eu, sempre soube que Nelson foi autor de inúmeras crônicas sobre Pelé, mas nunca soube que o fazia bem antes do mundo conhece-lo.
Parabéns Robson, por esta preciosidade !


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